quarta-feira, 30 de outubro de 2013

A IGREJA CATÓLICA EM PORTUGAL


História da Igreja Católica em Portugal

Credo do autor desta página 


O autor desta página é cristão, católico e crê em Deus Pai Todo Poderoso, como o único Criador possível do Big Bang e de todas as outras maravilhas do Universo que dele derivaram, das quais a mais surpreendente de todas é o dom da própria Vida.

Quando o Hubble fotografou a explosão de uma Hiper-Nova que libertou num segundo mais energia que aquela que o Sol libertará nos seus possíveis 10.000 milhões anos de existência, damo-nos conta do imenso poder de Deus. 

Se ao chegar pela primeira vez à Lua o homem tivesse lá encontrado uma simples agulha de aço, alguém teria acreditado que esse objecto de forma simples, feito de átomos simples, tivesse resultado de fenómenos aleatórios de pressões, temperaturas e outros fenómenos físicos?

Ninguém acreditaria ou acreditará nunca. Exige-se a presença de uma Inteligência superior para conceber e fabricar tal objecto. No entanto, para negar a presença de Deus pretende-se explicar de forma pseudo-científica que os seres vivos com essa necessária Inteligência, tenham surgido dos tais fenómenos aleatórios que não poderiam ter feito nascer a agulha! 

Mergulhado num Mundo de maravilhas tecnológicas, cada vez mais sofisticadas, o homem comum, que na sua grande maioria compreende muito pouco dessas modernas tecnologias, afasta-se do Criador, argumentando como justificação para esse afastamento, o uso racional dessas mesmas ciências que ele não entende. 

Einstein, que parecia não simpatizar muito com a Teoria da Incerteza de Heisenberg, dizia para rebater essa Teoria, que não acreditava que Deus tivesse jogado aos dados para a Criação do Mundo. 

E o que o pensarão aqueles que não entendem a Teoria de Heisenberg ? 

A ciência sem a religião é coxa. A religião sem a ciência é cega (A. Einstein ).

Infinitamente pequeno na sua dimensão material, geneticamente muito igual a todos os outros mamíferos, como o acaba de divulgar o descobrimento recente do genoma humano, o Homem só é grande e diferente na sua dimensão espiritual que Deus criou à sua imagem e semelhança. 

Negando-o ou acreditando Nele, o homem estará sempre de forma negativa ou positiva, a fazer um acto de Fé da sua existência.

Das Origens até à Independência

Até à invasão dos bárbaros A Religião Cristã faz parte do património que Portugal herdou do passado quando se constituiu nação independente ( Sé. XII ). Supõe-se que a evangelização da Hispânia foi iniciada por S. Paulo, por volta do ano 58, que manifesta aos romanos ( Rom.15, 24-28) o seu desejo de a visitar. S. Clemente de Roma, no ano 96, afirma numa carta aos coríntios que o apóstolo concretizou o seu propósito; e o Cânon de Muratori refere-se explicitamente à saída de S. Paulo para a Hispânia. Também se afirma que o apóstolo Santiago veio à Península, mas os documentos não são muito precisos e fica a dúvida.

São Paulo

A tradição também se refere à evangelização da Península pelos chamados "varões apostólicos", que teriam sido enviados por S. Pedro e S. Paulo e, pelo nome, alguns seriam oriundos da Península: S. Torquato, S. Cecílio, Stº. Eufrásio, etc.

Quando das perseguições são inúmeros os mártires, sobretudo sob o império de Décio e Diocleciano, como S. Frutuoso, Stª. Eulália, S, Veríssimo. S. Victor, etc. No principio do século IV reúne-se em Elvira ( Ilíberis) um concílio em que estão representadas cerca de 40 dioceses, entre as quais Faro ( Ossonoba ) e Évora, concílio que teve grande projecção na vida de toda a igreja, sobretudo no aspecto disciplinar.

Os concílios de Toledo (400) e o de Braga (561) foram importantes nas lutas contra as heresias prisciliana, gnóstica e maniqueia. Houve importantes autores literários na vida cristã da Península, como Ósio de Córdova, Potâmio de Lisboa e Orósio de Braga. Nos meados do século IV a Igreja Hispânica encontrava-se dividida em cinco províncias eclesiásticas: Lusitânia, Bética, Galécia, Cartagenense e Tarraconense, a cujos bispos se atribuía a categoria de metropolitana. A diocese de Braga é a mais antiga (Sé. III), tornando-se conhecido o seu bispo D. Paterno, e um pouco mais tarde aparecem Ossónoba, Évora e Lisboa.

Período dos Suevos e Visigodos

Um facto importante da vida religiosa da Península, foi a invasão dos bárbaros. Primeiramente entraram os Alanos, os Vândalos e os Suevos, que se tornaram independentes, e os Visigodos, que vieram a dominar quase toda a Hispânia. Os Suevos eram geralmente pagãos e supõe-se que foi Requiário o primeiro rei a receber o baptismo, mas o grande apostolo destes bárbaros foi S. Martinho de Dume, que só no reinado de Teodomiro vieram a abraçar a fé cristã. Os visigodos eram arianos e por isso perseguiram os católicos, mas Alarico II veio conceder-lhes privilégios e, com a conversão de Recaredo, solenemente anunciada no Concílio de Toledo (589), todo o povo abjurou do arianismo e fez a profissão de fé católica. Assim toda a Espanha ficou convertida à Fé Católica.

Houve vários concílios importantes em Toledo, Braga e Mérida que provam bem a vitalidade da igreja peninsular. Vários escritores eclesiásticos da época brilharam bem alto, como Stº. isidoro ( o das Etimologias), S. Martinho de Dume, S. Frutuoso e os historiadores Orósio e Idácio, João Biclarense e Aprígio. A preparação do clero fazia-se em escolas conventuais das dioceses.
A vida monástica também se desenvolveu bastante, sobretudo sob a influência de S. Martinho e S. Frutuoso, fundando-se muitos mosteiros, como os de Lorvão, Vicariça, Tibães e Guimarães. É digno de registo o desenvolvimento da liturgia, em que Braga sobressaiu, e tão vincadamente que o seu rito veio a manter-se até aos nossos dias.

Período Muçulmano

A invasão dos Árabes (711) veio a afectar profundamente a vida cristã da Península. Os cristãos foram perseguidos, mas muitos conseguiram manter-se fiéis à sua fé cristã em várias partes do território peninsular, embora por vezes submetendo-se ao domínio do invasor ( moçárabes ). A reacção cristã, porém, veio a tornar-se eficaz, aproveitando por vezes o declínio do poder dos invasores para constituir pequenos principados. É digna de nota a acção de D. Sisenando, que acompanhou Fernando Magno de Leão na conquista do território situado entre o Douro e o Mondego.

Mas foi Pelágio o grande batalhador que partindo de Covadonga, deu a primeira arrancada donde viria surgir Portugal e que permitiu que o cristianismo se organizasse definitivamente em dioceses e freguesias, além da vida ascética e mística que se vivia nos mosteiros e conventos.

A Ordem de Cluny, sob a direcção de S. Hugo, que tinha audiência em todas as cortes europeias, particularmente em Leão e Castela, contribuiu imenso para este desenvolvimento. A sobrinha de S. Hugo, D. Constança casou com Afonso VI de Leão, provocando mais tarde a vinda dos sobrinhos da raínha, D. Raimundo e D. Henrique, a quem foi doado o Condado Portucalense.

Da Independência à Restauração 1ª - Fase - D. Afonso Henriques encontra hábil colaboração em D. João Peculiar e em D. Telo, que pelas relações amistosas que tiveram com os papas Inocêncio II, Lúcio II e Alexandre III que acabou por conceder a Portugal a bula "Manifestis Probatum" assegurando a nossa independência.

D. Dinis elabora a Concordata dos 40 Artigos que Nicolau IV aprova em 1289 na bula"Cum olim". D. Pedro I estabelece o Beneplácito Régio nas cortes de Elvas para restringir a publicação sem controlo régio de documentos pontifícios que por vezes não asseguravam a sua veracidade. A vida monástica desenvolve-se muito neste período. Fundamentalmente por questões de Fé, mas também por motivo da colonização de terras e cultura das populações, como no caso da Ordem de Cister. Foram também fermento da obra civilizadora que Portugal havia de realizar no Mundo.

Santa Cruz de Coimbra

Foram grandes centros de cultura Santa Cruz de Coimbra, Alcobaça, Guimarães, S. Vicente de Fora, sendo elas que educaram o povo, adestrando-o até no cultivo das terras. Pela lei orgânica dessas ordens, tornava-se-lhes fácil manter contacto com os maiores centros de cultura europeia, onde possuíam residências para aí darem uma formação especializada aos frades que viriam a ser mestres nos seus mosteiros e conventos nacionais.

Merecem especial referência os Cónegos Regrantes de Santo Agostinho que se estabeleceram em Santa Cruz de Coimbra, a Ordem Franciscana introduzida em Portugal no tempo de D. Afonso II, fundando conventos em Lisboa, Guimarães, Coimbra, etc. A Ordem de São Domingos que teve a sua primeira comunidade em Chelas. A Ordem da Santíssima Trindade que se estabeleceu em Santarém e Lisboa e se consagrou à remissão de cativos. Os Cónegos de Santo Antão.

Os Cónegos do Santo Sepulcro, os Carmelitas, os Eremitas de Santo Agostinho, os Eremitas da Serra de Ossa, etc., também se estabeleceram em várias regiões do País, ficando a dever-se-lhes uma actividade muito benéfica. Vivendo-se num tempo de cruzada e de insegurança, aparecem naturalmente ordens em que a cruz e a espada se uniram para, em comum, defenderem a Fé e a tranquilidade dos povos cristãos.

Assim aparecem a Ordem de Calatrava, a de Sant'iago, a da Espada e a de Cristo, que é originária e tipicamente portuguesa, substituindo a Ordem dos Templários ou Cavaleiros do Templo que tinha sido suprimida pelo Papa. Ainda hoje os aparelhos da Força Aérea portuguesa, aviões ou helicópteros, como há cinco séculos o faziam as caravelas das descobertas, têm a Cruz de Cristo nas asas e fuselagens.

Em 12 de Novembro de 1288, os superiores das principais ordens religiosas portuguesas, solicitaram ao Papa que confirmasse a criação de um Estudo Geral de Ciências e assim D. Dinis instituiu a Universidade e o papa Nicolau IV confirmou-a por bula de 9 de Agosto do mesmo ano. Neste período destacaram-se além de Santo António, brilhante orador, no campo da cultura, Pedro Julião ou Pedro Hispano (depois papa João XXI), médico famoso, autor de várias obras científicas, como as "Summulae Logicales" e o "Thesaurus Pauperum", e Álvaro Pais, que escreveu o " De Planctu Ecclesiae", em que preconizava uma reforma geral da Igreja.


Das valiosíssimas obras existentes nas muitas bibliotecas, especialmente de mosteiros, quase todas desaparecidas, ( talvez roubadas e vendidas a bibliotecas e colecções particulares estrangeiras, durante os períodos históricos de perseguições às ordens religiosas). No entanto ainda conservámos o Livro das Aves e o Comentário do Apocalipse, dois códices iluminados de Lorvão e um velho Testamento de Santa Cruz de Coimbra, todos do século XII.

Na arquitectura e na estatuária, o que melhor que se encontra em Portugal é de inspiração religiosa, bastando lembrar as Sés de Braga, Coimbra, ou românico de transição de Alcobaça, e o gótico de Santa Clara de Coimbra e de Leça de Bailio. Na estatuária tivemos mestres notáveis como Diogo Pires o Velho, João de Ruão etc.

Na pintura sobressaiu o mestre Nuno Gonçalves, pintura de estatura universal. Entre os santos deste período salientam-se Santo António, as beatas Teresa, Sancha e Mafalda e a rainha Santa Isabel, aos quais o povo português sempre manifestou muita devoção.

Da Restauração até ao presente

1ª - Fase - Com a restauração da Independência em 1640 , com D. João IV, Portugal teve de desenvolver forte acção diplomática para restabelecer relações com outras nações e com a Santa Sé, para assegurar o seu novo estado político. Clemente IX acabou por aceitar a representação do embaixador português e nomear um novo núncio para Lisboa.

D. João V
Com D. João V as relações foram excelentes e o rei obteve da Santa Sé grandes privilégios, como a concessão de patriarca ao bispo de Lisboa, a elevação ao cardinalato dos núncios e dos patriarcas de Lisboa. Bento XIV concedeu mesmo a D. João V o título de "rei fidelíssimo", a ele e aos seus sucessores.

Já com o reinado de D. José I surgiram bastantes dificuldades, devidas principalmente às acções do Marquês de Pombal, com o restabelecimento do beneplácito régio, expulsão dos jesuítas, a reforma dos programas universitários, a extinção da Universidade de Évora, a perseguição ao bispo de Coimbra, a declaração da Inquisição como tribunal régio, etc.

Neste período foram no entanto criadas novas dioceses no continente e no Ultramar.

Com D. Maria I, muito devota, melhoraram as relações, mas em 1834 com a supressão das ordens religiosas, as relações de Portugal com a Santa Sé entravam em nova crise, com manifesto prejuízo da nossa acção civilizadors entre os indígenas do Ultramar.

Da Restauração até ao presente

2ª - Fase - Nos princípios do século XIX o liberalismo e o laicismo, que já campeavam em toda a Europa, estenderam-se também a Portugal. A igreja foi continuamente ameaçada de ser expulsa da vida pública. A maçonaria, a secularização da vida social e a espoliação dos bens da igreja foram-se processando gradualmente, sobretudo e apesar da Carta Constitucional de 1822.


Tanto os partidários de D. Pedro e D. Miguel, na guerra entre os dois irmãos, tentaram o apoio da Santa Sé, mas Gregório XVI declarou-se livre de compromissos políticos, e D. Pedro mandou retirar o Núncio e extinguiu o tribunal da nunciatura. O Papa extingue o nosso padroado.

A crise veio a atenuar-se depois, o exercício do padroado da coroa portuguesa volta a ser restabelecido (1848, 1857, 1886) mas a implantação da República provoca uma nova e grave crise nas relações entre a Igreja e o Estado, as quais vieram a cessar por força da Lei de Separação de 1911 a que Pio X (Giuseppe Melchiore Sarto) em 24 de Maio de 1911, responde com a Encíclica "Jamdudum in Lusitania".

Só em 1918 voltam a ser restabelecidas as boas relações oficiais, por Sidónio Pais. As Aparições de Fátima (1917) e o Apostolado da Oração vieram a constituir eficaz elemento de renovação religiosa no País. Após o Movimento de 28 de Maio de 1926 as relações entre a Igreja e o Estado vieram a normalizar-se, culminando com a assinatura da Concordata e do Acordo Missionário (1940), que têm de específico o estabelecerem o regime de convivência, de separação de poderes e de entendimento em matérias de interesse para ambas as partes, como no caso do ensino e da celebração de casamentos.

( Condensado de Dicionário de História de Portugal de Joel Serrão )

Aparições de Fátima - 96 anos ( 1917 - 2013 )

O Aparecimento de Nossa Senhora Desde 13 de Maio de 1917 que se formara o sentimento popular de que Nossa Senhora de Fátima, depois da festividade da Ascensão, aparecera a três jovens pastores - Francisco, Jacinta e Lúcia - em cima de uma azinheira no lugar da Cova Iria, perto de Fátima. Numa linguagem serena, ter-lhes-ia anunciado uma nova aparição para ajudar a remir os pecados do mundo. 

Logo se espalhou a boa nova, com a promessa de que no dia 13 de Outubro o Sol haveria de dar testemunho da presença miraculosa. Surgindo como um farol de esperança num tempo de inquietação colectiva, as aparições de Fátima consolidavam a força de transcendência em muitas almas sofredoras e muitos corações aflitos. ( Ilustração Portuguesa, do jornalista Avelino de Almeida). 

A nossa participação na Grande Guerra não contribuiu pouco para avolumar a força do mistério nos meios populares.

Assim juntaram-se na charneca de Fátima, no dia 13 de Outubro, algumas centenas de pessoas ( cerca de 70.000 segundo a Britannica ) para tentar uma visão consciente do fenómeno sobrenatural que cinco meses antes se dizia ter ocorrido naquelas paragens. Gente da mais variada origem e meios de vida, de feição abastada ou humilde, chegando de automóvel ou tendo feito longo percurso a pé. Avelino de Almeida, que era um jornalista conceituado, mas totalmente insuspeito de convencionalismo, deixou a seguinte notícia da cena que lhe coube observar:

E quando já não imaginava que via alguma coisa mais impressionante do que essa numerosa mas pacifica multidão (...) que vi eu ainda de verdadeiramente estranho na charneca de Fátima ?

Povo observando o milagre do Sol

A chuva, à hora pronunciada, deixou de cair; a densa nuvem rompeu-se e o astro-rei -- disco de prata fosca -- em pleno zénite apareceu e começou dançando num bailado violento e convulso, que grande número de pessoas imaginava ser uma densa serpentina, tão belas e rutilantes cores revestiu sucessivamente a superfície solar (...) 

Ainda que as autoridades eclesiásticas não quisessem pronunciar-se sobre o fenómeno, (o então Bispo de Leiria era D. José Alves Correia da Silva, que esteve preso dois anos em condições tais, que o deixaram quase incapaz até à sua morte), a notícia de O Século causou uma profunda impressão no Povo, que logo se estendeu de norte a sul do País. O articulista do Século continuava:

« Milagre, como gritava o Povo; fenómeno natural, como dizem os sábios? Não curo agora de sabê-lo, mas apenas de afirmar o que vi...O resto é com a Ciência e com a Igreja.»

Por escrever este artigo, Avelino de Almeida foi despedido do Século ! Ao ter conhecimento do facto, o Dr. Manuel Alegre, governador civil de Santarém, enviou uma força da Guarda Nacional republicana a policiar o local, mas um grupo de antigos carbonários foi à Cova da Iria proceder ao corte da azinheira, que depois circulou nas ruas daquela cidade, num cortejo triunfalista em que se ouviam"morras" à Igreja e "vivas" à República. 

Mais tarde, em 1921 dinamitaram a capelinha das aparições, que foi depois reconstruída no mesmo local.

Capelinha das Aparições
O relato que aqui se deixa não tem outro fim que o de integrar um facto de sentimento colectivo na história do tempo, porque seria impossível negar ou esconder o que as aparições de Fátima representaram na história portuguesa de 1917, e para a história do Mundo Católico a partir dessa data.

O desencanto que muitos estratos da população sentiam com as incertezas da vida política contribuiu para avolumar o acontecimento, que passou de imediato da esfera religiosa para a social. 

Para muitas almas inquietas, o episódio de Fátima tornou-se a voz da redenção oferecida aos que lutam e sofrem, como luz anunciadora de um futuro melhor. As paróquias e igrejas de Nossa Senhora de Fátima, são inúmeras por todos os continentes da Terra, tornando esta difusão de Fé, como o mais palpável e importante Milagre de Fátima !

Primeira Aparição

Na primavera de 1916, Lúcia dos Santos de 9 anos com seus priminhos Jacinta e Francisco Marto de 6 e 8 anos, estavam no pasto com suas ovelhas na gruta do outeiro do Cabeço, perto de Aljustrel, freguesia de Fátima, região de pedras, entre plantinhas e oliveiras e grutas. Enquanto brincavam, de improviso os envolveu uma luz branca e um vento forte sacudiu as árvores. No meio daquela luz a figura de um jovem apareceu, que se apresentou dizendo: "Não temais. Sou o Anjo da Paz. Orai comigo".

Ajoelhando-se na terra, abaixou a cabeça até tocar o solo e fez as crianças repetirem com ele três vezes: " Meu Deus! Eu creio, adoro, espero e amo-Vos. Peço-Vos perdão para os que não crêem, não adoram e Vos não amam". Depois ergueu-se dizendo: "Orai assim. Os Corações de Jesus e Maria estão atentos à voz das vossas súpl

Segunda Aparição

Ocorreu no verão, quando os pastorezinhos brincavam junto ao poço da casa de Lúcia. O Anjo se dirigiu a eles com estas palavras: " Que fazeis? Orai! Orai Muito! Os Corações Santíssimos de Jesus e Maria têm sobre vós desígnios de misericórdia. Oferecei constantemente ao Altíssimo orações e sacrifícios". 

As crianças perguntaram: "Como nos havemos de sacrificar?". O Anjo respondeu: "De tudo que puderdes, oferecei a Deus um sacrifício em ato de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido e de súplica pela conversão dos pecadores. Atraí assim sobre vossa pátria a paz. Eu sou o Anjo da sua guarda, o Anjo de Portugal. Sobretudo aceitai e suportai com submissão o sofrimento que o Senhor vos enviar".

A partir deste momento os pastorezinhos começaram a oferecer ao Senhor tudo aquilo em que podiam mortificar-se.

Terceira Aparição

Ocorreu no Outono de 1916 no Cabeço. As crianças tinham começado as orações quando apareceu uma luz e viram o Anjo que trazia na mão esquerda um cálice e suspensa sobre ele uma Hóstia, da qual caíam dentro do cálice algumas gotas de sangue.

Deixando o cálice e a Hóstia suspensos no ar, prostrou-se em terra junto deles e repetiu três vezes a oração: "Santíssima Trindade, Padre, Filho e Espírito Santo, adoro-Vos profundamente e ofereço-Vos o Preciosíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo, presente em todos os sacrários da terra, em reparação dos ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que Ele mesmo é ofendido. E pelos méritos infinitos do seu Santíssimo Coração e do Coração Imaculado de Maria, peço-Vos a conversão dos pobres pecadores".

Depois, levantando-se, deu a Hóstia a Lúcia e o que continha o cálice deu-o a beber a Jacinta e a Francisco, dizendo ao mesmo tempo: "Tomai e bebei o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo horrivelmente ultrajado pelos homens ingratos. Reparai os seus crimes e consolai o vosso Deus".

Quarta Aparição

Em Agosto as crianças foram impedidas pelas autoridades civis anti-eclesiásticas de irem ao encontro do dia 13, onde estava reunida uma enorme multidão. As crianças por dois dias foram fechadas e ameaçadas de torturas para que desmentissem, mas não cederam; estavam prontas para oferecerem suas vidas para não trair as promessas feitas a Nossa Senhora. Então foram libertadas.

Em 19 de Agosto, enquanto pastorejavam o rebanho num lugar chamado Valinhos, viram a Senhora sobre uma azinheira. "O que queres de mim?", disse Lúcia. "Quero que continueis a ir à Cova da Iria no dia 13 e que continueis a rezar o terço todos os dias. No último mês farei o milagre para que todos acreditem". Depois, com um aspecto mais triste disse: "Rezai, rezai muito e fazei sacrifícios pelos pecadores, que vão muitas almas para o inferno por não haver quem se sacrifique e peça por elas".

Quinta Aparição

Em 13 de Setembro cerca de 30.000 pessoas os acompanharam à Cova da Iria e ali recitaram o Rosário; pouco depois apareceu a Senhora sobre a azinheira. "Continuem a rezar o terço para alcançarem o fim da guerra. Em Outubro virá também Nosso Senhor, Nossa Senhora das Dores e do Carmo e São José com o Menino Jesus, para abençoarem o mundo. Deus está contente com os vossos sacrifícios, mas não quer que durmais com a corda, trazei-a só durante o dia".

"Não quero mais nada". Em seguida, abrindo as mãos, Nossa Senhora fê-las reflectir no sol, e enquanto Se elevava, continuava o reflexo da sua própria luz a projectar-se no sol. Lúcia nesse momento exclamou: "Olhem para o sol!". Então aconteceu o sinal prometido, o sol extraordinariamente brilhante, mas não a ponto de cegar.

O sol começou a girar sobre si mesmo, projectando em todas as direcções feixes de luz de todas as cores que reflectiam-se e coloravam as nuvens, o céu, as árvores, a multidão. Parou por certo tempo e depois recomeçou, como antes, girando sobre si mesmo. De repente parecia que se destacava do céu para precipitar-se sobre a multidão que assistia aterrorizada, caia de joelhos e invocava misericórdia.

No entanto as crianças viram ao lado do sol Nossa Senhora vestida de branco com o manto azul e São José com o Menino que abençoava o mundo. Depois desta visão, viram O Senhor que abençoava o mundo, com Nossa Senhora das Dores a seu lado. Desaparecida esta visão, viram Nossa Senhora do Carmo. Terminado o milagre as pessoas se deram conta de terem tido suas roupas completamente secadas. 

Visitas Papais a Fátima

Em 1956 - O Cardeal Roncalli, Patriarca de Veneza, futuro Papa João XXIII, preside à Peregrinação Internacional Aniversaria.


Em 1967 - O Papa Paulo VI

Desloca-se a Fátima, no cinquentenário da 1ª Aparição de Nossa Senhora,para pedir a paz no mundo e a unidade da Igreja. 

Em 1982 1ª Visita de João Paulo II 

O Papa João Paulo II vem em peregrinação a Fátima agradecer o ter escapado com vida, um ano antes, na Praça de S. Pedro, e, de joelhos, consagra a Igreja, os Homens e os Povos, com menção velada da Rússia, ao Imaculado Coração de Maria.



 Em 1991  2ª Visita de João Paulo II 

O Santo Padre João Paulo II vem pela segunda vez a Fátima, como peregrino, no 10º aniversário do seu atentado na Praça de S. Pedro, no Vaticano, presidindo à Peregrinação Internacional Aniversária. 

Em 2000  3ª Visita de João Paulo II- 

13-05-2000 - Por ocasião da 3ª visita de João Paulo II a Fátima, o Santo Padre beatificou Francisco e Jacinta Marto.

Em 2005 - Falecimento da Ir. Lúcia.

Em 2010 - Visita de Bento XVI

A visita apostólica do Papa Bento XVI a Portugal decorreu no dias 11 a 14 de Maio de 2010. Os propósitos principais desta visita papal são a celebração do 10.º aniversário da beatificação dos pastorinhos Jacinta Marto e Francisco Marto, videntes de Fátima, e o contacto com as dioceses de Lisboa, Leiria-Fátima e Porto.

O Papa Bento XVI chegou ao Aeroporto da Portela, em Lisboa, na manhã do dia 11 de Maio.

Após um encontro na Nunciatura apostólica com o corpo diplomático e representantes do Estado, visitou o Mosteiro dos Jerónimos e foi recebido pelo Presidente Aníbal Cavaco Silva no Palácio de Belém.

No final da audiência, o Papa saudou também os funcionários do Palácio de Belém. Ao fim da tarde, ele celebrou uma missa no Terreiro do Paço, no centro da capital portuguesa.

História da Diocese de Lisboa

Uma antiga tradição fala-nos de Veríssimo, Máxima e Júlia, como mártires lisbonenses na perseguição de Diocleciano (viragem do século III para o IV). O certo é que, meio século depois, encontramos a diocese presidida por Potâmio, seu primeiro bispo conhecido, que interveio nas polémicas doutrinais do Cristianismo de então (arianismo).

No século V chegaram os bárbaros. Sob a monarquia visigótica, os bispos de Lisboa participaram em vários concílios, de Toledo, de Viarico no de 633 a Landerico no de 693. Como sucedeu por toda a parte, datará desta época a descentralização do culto, da cidade para os campos em redor, constituindo-se as primeiras paróquias rurais.

Dos princípios do século VIII a meados do XII, Lisboa esteve sob domínio muçulmano. Não conhecemos o nome de nenhum dos seus bispos deste período, mas continuaram a existir cristãos na cidade e seu território. Aquando da tomada de Lisboa aos mouros, em 1147, existia um bispo moçárabe ( = cristão sob domínio muçulmano) em Lisboa.

Depois da conquista, a diocese foi refeita, ficando por seu bispo o inglês D. Gilberto, vindo com os cruzados: Lisboa ficaria oficialmente ligada (sufragânea) à arquidiocese de Compostela até ao fim do século XIV. Construiu-se a Sé, no local onde fora a mesquita e talvez antes a Sé visigoda, sendo o único monumento românico que resta na capital.

Sé de Lisboa

A Sé tinha o seu Cabido de cónegos que apoiavam o bispo e mantinham uma escola capitular. Nessa escola estudaria em menino Santo António de Lisboa, já na viragem para o século XIII. Além da Sé e das paróquias que rapidamente se estabeleceram, a partir talvez de antigas comunidades moçárabes, Lisboa viu levantar-se por iniciativa de D. Afonso Henriques o mosteiro de S. Vicente de Fora (por ficar fora das muralhas da altura).

S. Vicente foi martirizado em Valência no século IV, e as suas relíquias foram depois muito veneradas pelos moçárabes no cabo algarvio que tem o seu nome. O nosso primeiro rei trouxe-as para Lisboa, ficando guardadas na Sé. O referido mosteiro foi um importante centro cultural e nele se formou também Santo António.

Em 1289 o bispo D. Domingos Jardo fundou o colégio dos Santos Paulo, Elói e Clemente, para o ensino de cânones e teologia. Pouco depois e, com intermitências, até ao século XVI, Lisboa dispôs duma Universidade fundada por D. Dinis com o apoio do clero. A Universidade só ensinou Teologia a partir do século XV, sendo até aí ministrada nos conventos dos dominicanos e franciscanos, levantados no século XIII. Na segunda década deste século nasceu em Lisboa Pedro Julião, mais tarde papa com o nome de João XXI (1276-1277).

Em 1393, Lisboa foi elevada a metrópole eclesiástica, sendo seu primeiro arcebispo D. João Anes. Ficaram-lhe sufragâneas várias dioceses portuguesas do centro e sul, a que se juntaram outras, ultramarinas, no século seguinte. No século XVI, o cardeal D. Henrique, arcebispo de Lisboa, aplicou na diocese os decretos reformadores do Concílio de Trento, devendo-se-lhe, nomeadamente a fundação do seminário diocesano de Santa Catarina em 1566. Era um estabelecimento modesto e os seus alunos frequentavam as aulas do grande colégio jesuita de Santo Antão.

Eram tempos de intensa vida religiosa, alimentada por muitas congregações religiosas e associações de piedade e caridade, ligadas a mosteiros, conventos e paróquias: a primeira Misericórdia foi fundada em 1498 numa capela do claustro da Sé de Lisboa. Desde o final do século XV não se permitiam divergências religiosas no país; mas a missão ultramarina - tão magnificamente evocada no mosteiro dos Jerónimos - pedia constantemente obreiros: entre tantos outros, Lisboa deu S. João de Brito à Índia e o Padre António Vieira ao Brasil, ambos jesuítas do século XVII.

Em 1716, o papa Clemente XI elevou a capela real a basílica patriarcal, ficando a antiga diocese dividida em duas até 1740, ano em que foi reunificada. Sucederam-se até hoje dezassete patriarcas à frente da Igreja lisbonense, de D. Tomás de Almeida a D. Manuel Clemente: os patriarcas de Lisboa são sempre feitos cardeais no primeiro consistório a seguir à sua nomeação para esta Sé.

D. Tomás de Almeida

Depois do grande terramoto de 1755, teve de se remodelar o tecido paroquial de Lisboa, com outros templos e outras delimitações. A reorganização das paróquias da cidade, feita pelo patriarca D. Fernando de Sousa e Silva em 1780, ficou como base dos complementos ulteriores. Nesse mesmo ano, a rainha D. Maria I cedeu-lhe o antigo colégio dos jesuítas em Santarém, para aí transitando o seminário diocesano. Foi também D. Maria I quem mandou construir a basílica da Estrela em honra do Sagrado Coração de Jesus.

Após grandes perturbações ligadas às invasões francesas e às lutas liberais com as respectivas sequelas, a reorganização diocesana deveu-se especialmente ao patriarca D. Guilherme Henriques de Carvalho, em meados do século XIX. Foi ele quem conseguiu reabrir o seminário diocesano de Santarém em 1853. Os seus sucessores até à terceira década do século XX tiveram de sustentar a vida católica contra grandes reptos ideológicos e institucionais, antes e depois da implantação da República.

D. Manuel Gonçalves Cerejeira -14º Patriarca

Manuel Gonçalves Cerejeira GCC • GCSE • GCIH (Vila Nova de Famalicão,Lousado, Santa Marinha, 29 de Novembro de 1888 - Amadora, Buraca, 2 de Agosto de 1977 ou Lisboa, Benfica, 11 de Agosto de 1977), cardeal da Igreja Católica, foi o décimo-quarto Patriarca de Lisboa com o nome de D. Manuel II (nomeado em 18 de Novembro de 1929).

Eleito arcebispo de Mitilene em 1928, foi elevado ao cardinalato em 16 de Dezembro de 1929, pelo Papa Pio XI, com o título de Santos Marcelino e Pedro.

Um de quatro filhos e quatro filhas de Avelino Gonçalves Cerejeira (Vila Nova de Famalicão, Lousado, 14 de Abril de 1857 - Vila Nova de Famalicão, Lousado, 13 de Junho de 1927), negociante que viveu no lugar da Serra, freguesia de Lousado, concelho de Vila Nova de Famalicão, e de sua primeira mulher (Vila Nova de Famalicão, Lousado, 25 de Janeiro de 1888) Joaquina Gonçalves Rebelo (Fafe, Vila Cova, 30 de Maio de 1864 - Vila Nova de Famalicão, Vila Nova de Famalicão, 30 de Setembro de 1918), que residiu desde criança na freguesia do Lousado e quando casou era "lavradeira", ou seja, camponesa, foi baptizado na freguesia do seu nascimento a 3 de Dezembro de 1888, na Igreja Paroquial de Santa Marinha do Lousado, sendo seu Padrinho o Avô Paterno, de quem herdou o nome.

Diplomado em Teologia e em Ciências Histórico-Geográficas pela Universidade de Coimbra, na respectiva Faculdade de Letras obteve em 1919 o grau de doutor em Ciências Históricas, com a tese «Clenardo e a Sociedade Portuguesa do seu tempo». Desse ano a 1928 foi professor da Escola onde se graduara.

A partir de 1929, o patriarca D. Manuel Gonçalves Cerejeira consolidou a vida diocesana, fomentando as vocações sacerdotais, fundando novos seminários - Olivais (1931), Almada (1935) e Penafirme (1960) - , multiplicando paróquias e impulsionando o apostolado laical. Foi também no seu tempo que reabriu a Sé de Lisboa, depois de arquitectonicamente reintegrada.

O seu sucessor, D. António Ribeiro, continuou-lhe a obra, nos termos novos exigidos pelo Concílio Vaticano II e o Portugal de antes e depois do 25 de Abril. Em 1975 criaram-se as dioceses de Setúbal e Santarém, destacadas do Patriarcado de Lisboa. Em 1984, D. António Ribeiro fundou o seminário de Caparide.

D. António Ribeiro - 15º Patriarca

António Ribeiro (Celorico de Basto, 21 de maio de 1928 — Lisboa, 24 de março de 1998) foi um cardeal português, o 15.º Patriarca de Lisboa, como Dom António II.

Era filho de José Ribeiro (c. 1860) e de sua mulher Ana Gonçalves (c. 1904), ambos de São Clemente de Basto. Estudou no Seminário de Braga, naPontifícia Universidade Gregoriana, em Roma, na Faculdade Teológica emInnsbruck e na Faculdade Teológica de Munique. Foi ordenado em 5 de julho de 1953, na Arquidiocese de Braga. 

O então arcebispo de Braga, D. António Bento Martins Júnior, mandou-o estudar para Roma onde se doutorou na Pontifícia Universidade Gregoriana com a tese «A Doutrina do Evo em S. Tomás de Aquino. Ensaio sobre a duração da alma separada». 

Depois desta sua formação humanística, filosófica e teológica, António Ribeiro iniciou a sua atividade na Comunicação Social e no ensino. Entre 1959 e 1964 foi membro do corpo docente do Seminário de Braga e ficou responsável pelo programa «Encruzilhadas da Vida», transmitido aos sábados na RTP, em que debate temas de atualidade, frequentemente sugeridos pelos próprios telespectadores. 

Foi docente do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, entre 1964 e 1966. Transita para o programa, também na RTP, intitulado "Dia do Senhor", entre 1964 e 1967, onde demonstrou as suas qualidades de comunicador, com um sentido crítico e uma capacidade de leitura cristã dos acontecimentos. 

D. José da Cruz Policarpo -16º Patriarca

José da Cruz Policarpo GCC (Caldas da Rainha, Alvorninha, 26 de Fevereiro de 1936 — Lisboa, Santa Maria dos Olivais, 12 de Março de2014) foi um cardeal português. Como D. José IV, foi patriarca de Lisboaentre 1998 e 2013. Nomeado cardeal em 2001, assumiu até 2013 o título de cardeal-patriarca de Lisboa.

Foi o mais velho de nove filhos e filhas de José Policarpo, Jr. (Pego, Alvorninha, 18 de Abril de 1902 – Odivelas, 20 de Outubro de 1987) e de sua mulher Maria Gertrudes Rosa (Benedita, 17 de Outubro de 1909 – Alvorninha, 6 de Setembro de 1994), casados em Alvorninha a 26 de Janeiro de 1935.

Estudou filosofia e teologia nos seminários de Santarém, Almada e Olivais, em Lisboa, tendo-se licenciado (2º grau canónico) em Teologia Dogmática, em 1968, pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, com uma tese intitulada Teologia das religiões não cristãs. Prosseguiu os seus estudos na mesma universidade, tendo-se doutorado também na área da Teologia Dogmática com a tese "Sinais dos Tempos. Génese histórica e interpretação teológica". Foi ordenado sacerdote em 15 de Agosto de1961.

Em Outubro de 1998, o patriarca D. José Policarpo transferiu os serviços diocesanos para o antigo mosteiro de S. Vicente de Fora, que já os alojara de 1834 a 1910.

D. Manuel Clemente -17º Patriarca

D. Manuel José Macário do Nascimento Clemente GCC (Torres Vedras,São Pedro e Santiago, 16 de julho de 1948) é um cardeal católico português, 17.º e atual Cardeal-Patriarca de Lisboa, com o título de D. Manuel III.

D.Manuel Clemente

Em 4 de janeiro de 2015 o Papa Francisco anunciou a nomeação cardinalícia de D. Manuel Clemente, tendo sido elevado a cardeal-presbíterocom o título da Igreja de Santo António dos Portugueses, S. Antonio in Campo Marzio, em 14 de fevereiro de 2015 no Consistório Ordinário Público de 2015.

Filho de Francisco de Nascimento Clemente e de Maria Sofia Correia Lopes Macário, ingressou em 1973 no Seminário Maior de Cristo Rei dos Olivais e, no ano seguinte, licenciou-se em História na Faculdade de Letras de Lisboa. A partir de 1975 leciona História da Igreja na Universidade Católica Portuguesa. 

Formou-se em Teologia nesta mesma universidade em 1979, ano em que foi ordenado presbítero a 29 de junho, já com 31 anos, pelo Cardeal-Patriarca D. António Ribeiro, na Sé de Lisboa. 

Doutorou-se em Teologia Histórica em 1992 com a tese intitulada ‘Nas origens do apostolado contemporâneo em Portugal. A «Sociedade Católica»’ (1843-1853). Foi diretor do Centro de Estudos de História Religiosa da mesma universidade entre 2000 e 2007. É, desde 1993, membro da Sociedade Científica da Universidade Católica e, desde 1996, Sócio Académico Correspondente daAcademia Portuguesa de História.

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