sexta-feira, 28 de julho de 2006

Deus existe ? Ou é só uma invenção do homem ?


Deus realmente existe ou é só uma invenção do homem?

Há pessoas que dizem que Deus é uma invenção de alguns homens para conseguir exercer uma influência sobre os demais. O escritor José Saramago é uma delas, e vivia tão obcecado pela sua "convicção" de que Deus só existe na mente de alguns homens, que passou a vida a escrever livros sobre o seu ateísmo, para provar a sua "verdade". No entanto e estranhamente, afirmou numa entrevista recente, que no fundo a sua "mentalidade é uma mentalidade cristã" ! Estranho.

O pensamento de Deus ronda a mente do homem desde tempos imemoriais. Aparece com teimosa insistência em todos os lugares e todos os tempos, até nas civilizações mais arcaicas e isoladas que já se teve conhecimento. Não há nenhum povo nem período da humanidade sem religião. É algo que tem acompanhado o homem desde sempre, como a sombra que segue o corpo.


A existência de Deus se apresenta como a maior das questões filosóficas. E -como diz J.R.Ayllón- não por sua complexidade, mas por apresentar-se ao homem com um carácter radicalmente comprometedor. Como dizia Aristóteles, "Deus não parece ser um simples produto do pensamento humano, nem um inofensivo problema intelectual ?"

Por mais forte que tenha às vezes sido a influência secularizante ao seu redor, jamais o homem ficou totalmente indiferente frente ao problema religioso. A pergunta sobre o sentido e a origem da vida, sobre o enigma do mal e da morte, sobre o além, são questionamentos que jamais se pôde evitar. Deus está na própria origem da pergunta existencial do homem.

Por isso, desde tempo imemorial, o homem tem se perguntado com assombro qual seria a explicação de toda essa harmonia que há na configuração e nas leis do Universo.


Quando se observa a complexidade e perfeição dos processos bioquímicos no interior de uma diminuta célula, ou dos mais gigantescos fenómenos e movimento e transformação das galáxias; quando se assoma ao mundo micro-físico e se propõe leis que tentam explicar fenómenos que ocorrem em escalas de até um bilionésimo de centímetro; ou quando se aprofunda na estrutura em grande escala do Universo em limites de mais de um bilhão de biliões de quilómetros; contemplando este grandioso espectáculo, cada dia com mais profundidade graças aos avanços da ciência, fica cada vez mais difícil sustentar que tudo obedece a una evolução misteriosa, governada pelo azar, sem nenhuma inteligência por detrás.

Onde existe um plano, deve haver alguém que o planeja. E atrás de uma obra de tal qualidade e de tais proporções, deve haver um criador, cuja sabedoria transcenda toda medida e cuja potência seja infinita.

Pensar que toda a harmonia do universo e todas as complexas leis da natureza são fruto do azar, seria como pensar que as andanças de Dom Quixote de la Mancha, de Cervantes, puderam aparecer íntegras tirando-se letras ao azar de um gigantesco prato de sopa de letras. Recorrer a uma gigantesca casualidade para explicar as maravilhas da natureza é uma audácia excessiva.

Pode o mundo ter existido desde sempre?

Quando vemos um livro, um quadro, ou uma casa, imediatamente pensamos que por detrás destas obras haverá, respectivamente, um escritor, um pintor, um arquitecto. E da mesma maneira que não ocorre a ninguém pensar que o Quixote surgiu de uma imensa massa de letras que caiu ao azar sobre o papel e ficou ordenada precisamente dessa maneira tão engenhosa, tampouco ninguém sensato diria que o edifício "está aí desde sempre", nem que esse quadro "foi pintado sozinho", ou coisas do estilo. Não podemos sustentar seriamente que o mundo "se fez sozinho", "foi criado por si mesmo". São incongruências que caem pelo seu próprio peso.

Desta maneira, pressupõe-se a existência de uma "causa primeira", já que do nada, segundo explicava Leo J. Trese, "não se pode obter algo". Se não temos Se não temos semente, não podemos plantar um carvalho. Sem pais, não há filhos. Assim, pois, se não existisse um Ser que fosse eterno (quer dizer, umSer que nunca tenha começado a existir), e omnipotente (capaz portanto de criar algo do nada), não existiria o mundo, com toda sua variedade de seres, e nós não existiríamos. Um carvalho procede de uma semente, mas as sementes crescem nos carvalhos. Quem fez a primeira semente ou o primeiro carvalho? Os filhos têm pais, e esses pais são filhos de outros pais, e estes de outros. Pois bem, quem criou os primeiros pais?

Alguns dizem que tudo começou de uma massa informe de átomos; bem, mas quem criou esses átomos? De onde procediam? Quem guiou a evolução desses átomos, segundo leis que podemos descobrir, e que evitaram um desenvolvimento caótico? Alguém teve que faze-lo. Alguém que, desde toda a eternidade, tem gozado de uma existência independente.

Todos os seres deste mundo, houve um tempo em que não existiram. Cada um deles deverá sempre sua existência a outro ser. Todos, tanto os vivos quanto os inertes, são elo de uma longa cadeia de causas e efeitos. Mas essa cadeia deve chegar a uma primeira causa: pretender que um número infinito de causas pudesse nos dispensar de encontra uma causa primeira, seria o mesmo que afirmar que um pincel pode pintar por si mesmo com tanto que tivesse um cabo infinitamente longo.

Teoria do Big-Bang

Em 1927, o padre católico, astrónomo e físico belga Georges Lemaitre (1894-1966), derivou independentemente as equações de Friedman a partir das equações de Einstein e propôs que os desvios espectrais observados em nebulosas se deviam a expansão do universo, que por sua vez seria o resultado da "explosão" de um "átomo primeval".

Em 1929, Edwin Hubble forneceu base observacional para a teoria de Lemaitre ao medir um desvio para o vermelho no espectro ("redshift") de galáxias distantes e verificar que este era proporcional às suas distâncias, o que ficou conhecido como Lei de Hubble-Humason.

Assim é importante que agnósticos e ateus, ponham em "cache" nos seus CPU' S que foi um cientista religioso, um padre, o criador do Big Bang!

É possível a auto criação?

O Big Bang e a auto criação do universo são duas coisas bem diferentes. A teria do Big Bang, como tal, é perfeitamente conciliável com a existência de Deus. Entretanto, a teoria da auto criação -que sustenta, mediante explicações mais ou menos engenhosas, que o universo foi criado por si mesmo, e do nada, deveria objectar duas coisas: primeiro, que desde o momento que falasse de criação partindo do nada, estaríamos já fora do método científico, posto que o nada não existe e portanto não se pode aplicar o método científico; e segundo, que faz falta muita fé para pensar que uma massa de matéria ou de energia possa Ter-se criado a si mesma.

Tanta fé parece fazer falta, que o próprio Jean Rostand -por citar um cientista de reconhecida autoridade mundial nesta matéria e, ao mesmo tempo, pouco suspeitoso de simpatia pela fé católica -, chegou a dizer que a teoria da auto criação é "um conto de fadas para adultos".

Afirmação que André Frossard remarca ironicamente dizendo que "Há que se admitir que existem pessoas adultas que não são mais exigentes que crianças a respeito de contos de fadas"

As partículas originais -continua com a sua ironia o pensador francês -, sem impulso nem direcção exteriores, começaram a associar-se, a combinar-se aleatoriamente entre elas para passar dos quarks aos átomos, e dos átomos a moléculas de arquitectura cada vez mais complicada e diversa, até produzir depois de milhares de milhões de anos de esforços incessantes, um professor de física com óculos e bigodes.» 

A maior das Maravilhas ! 

A doutrina da criação não pedia mais do que apenas um milagre de Deus. 

A da auto criação do mundo exige um milagre a cada décimo de segundo.

A doutrina da auto criação exige um milagre contínuo, universal, e sem autor


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