domingo, 9 de junho de 2013

Rainhas de Portugal - Dinastia de Bragança

D. Luísa de Gusmão - D. João IV



Natural de Espanha, tornou-se Rainha de Portugal pelo casamento com D. João IV em 1633.

Depois da morte do rei assumiu a regência do reino durante cinco anos, durante os quais teve de enfrentar a oposição do Conde de Castelo Melhor, que pretendia que o futuro rei D. Afonso VI invocasse o seu direito ao trono, facto esse que ocorreu em 1662, apesar da pouca apetência do futuro monarca para o cargo.

Em 1663 afastou-se e foi viver para o Convento das Carmelitas Descalças, em Xabregas.

D. Maria Francisca Isabel de Sabóia - D. Afonso VI e D. Pedro II 

Rainha de Portugal, nasceu em Paris em 21 de Junho de 1646 e faleceu na Palhavã em lisboa, a 27 de Dezembro de 1683. Casou em 1666 com D. Afonso VI. Era filha segunda de Carlos Amadeu de
Sabóia, duque de Nemours e de sua mulher, D. Isabel de Vendôme.

Colaborou na conspiração que conseguiu a demissão e o exílio do conde de Castelo Melhor, escrivão da puridade do rei, e, posteriormente, colaborou no afastamento do próprio D. Afonso VI. 

 Com a declaração da nulidade do seu matrimónio pelo papa, pôde voltar a casar em 1668 com D. Pedro II (do qual já era amante), que tomou conta do governo, primeiro como regente e, depois, jurado nas cortes de Lisboa, nesse mesmo ano. D. Maria Francisca teve, do seu casamento com D. Pedro, uma única filha, D. Isabel.

D. Maria Sofia de Neuburgo - D. Pedro II

Maria Sofia Isabel de Neuburgo, nasceu no ducado de Juliers, em 6 de Agosto de 1666,faleceu em Lisboa, no paço da Ribeira, em 4 de Agosto de 1699) foi a segunda mulher deD. Pedro II. Filha do eleitor palatino do Reno, conde Filipe Guilherme, portanto ligada à casa reinante da Baviera, os
Wittelsbach, e de sua segunda mulher, Isabel Amália.

Por influência de Espanha onde reinava uma princesa da Casa de Neuburgo, Dom Pedro, nomeou Manuel Teles da Silva, 1º marquês de Alegrete, embaixador extraordinário com o encargo de ir pedir a mão de D. Maria Sofia, sendo o contrato de casamento assinado em 11 de Agosto de 1687. A nova rainha recebeu 100.000 florins dedote. 

Quando chegou ao Tejo foi recebida com grandes festas.Casou com D. Pedro em 1687. Foi mãe de sete filhos, entre os quais D. João V

D. Maria Ana Josefa de Áustria - D. João V 

Rainha de Portugal, mulher de D. João V. Arquiduquesa de Áustria, era filha do imperador Leopoldo I de Áustria e da imperatriz D. Leonor Madalena. Nasceu em Linz a 7 de Setembro de 1683 e faleceu em Lisboa a 14 de Agosto de 1754. Em 1708 casou por procuração em Viena de Áustria com D. João V, vindo para Lisboa no mesmo ano, onde foi recebida com grandes festejos. 

Foi regente de Portugal em 1716 e novamente entre 1749 e 1750, nos últimos anos de vida de D. João V. Teve seis filhos, entre os quais a infanta D. Maria Bárbara (que viria a casar com D. Fernando de Espanha), D. Pedro (que casaria com D. Maria I) e D. José (que seria rei de Portugal).

A nova Rainha resignou-se rapidamente ao abandono que D. João V a votava. Muito devota, entregava-se muitas vezes a práticas piedosas. Interessava-se por coisas do mar, passeava ao longo do Rio Tejo com a Família Real e a Corte, onde assistia frequentemente a festas e serenatas no rio e lançamentos de navios no mar.

Apesar do casamento, D. João V continuou ininterruptamente a sucessão de aventuras amorosas. A Arquiduquesa, mais velha do que o Rei seis anos, não conseguiu prender o marido. Apaixonada por música, a Rainha assistia sempre aos concertos e aos serões de ópera que havia na Corte do Paço da Ribeira.

D. Mariana Vitória de Bourbon - D. José I 

Rainha de Portugal. Era filha do rei de Espanha Filipe V e de sua segunda mulher, Isabel Farnésio. Nasceu em Madrid a 31 de Março de 1718, e faleceu em Lisboa a 15 de Janeiro de 1781. Casou com o príncipe do Brasil D. José, em 1729. 

Este casamento foi negociado ao mesmo tempo que o da infanta de Portugal, D. Maria Bárbara, com o herdeiro da coroa de Espanha, o príncipe D. Fernando, tendo sido as duas princesas trocadas nas margens do rio Caia, com grandes festejos. Inicialmente prometida a Luís XV de França, esse casamento de D. Mariana Vitória não se concretizou.

Em 1750, com a subida ao trono de D. José, tornou-se rainha de Portugal. Foi regente do reino em 1776 e 1777 devido ao estado precário da saúde do rei. 

Faleceu no palácio da Ajuda em 1781, depois do seu regresso de uma viagem a Espanha, país com o qual, após a morte de D. José, havia tentado estabelecer uma política de aproximação, numa altura em que se mantinham polémicas as delimitações dos domínios dos dois países na América.

D. Carlota Joaquina - D. João VI 

Carlota Joaquina Teresa Caetana de Bourbon e Bourbon, Rainha de Portugal, esposa de D. João VI e filha dos reis de Espanha Carlos IV e Maria Luísa de Parma. Nasceu em Aranjuez em 25 de Abril de 1775 e faleceu no Palácio de Queluz a 7 de Janeiro de 1830. Possuidora de uma forte personalidade, tinha frequentemente desavenças públicas com o monarca, seu marido, que considerava de carácter fraco e benevolente. Daí a posição combativa que adoptou face aos tumultos da época.

Apresentou pretensões de regência ao trono de Espanha, aquando da abdicação do seu pai e do irmão, enfrentando as pressões napoleónicas. Esforçou-se por manter na coroa as províncias espanholas da América do Sul, nomeadamente Rio de Prata, por altura da sua permanência no Brasil (1807-1821). No seu regresso a Lisboa, não cedeu às imposições do congresso vintista e recusou jurar a nova Constituição de 1822, tendo sido detida no Palácio do Ramalhão (Sintra).

Encorajou a Vilafrancada (1823) e o golpe seguinte, a Abrilada (1824), com a pretensão de aclamar rei de Portugal seu filho, o infante D. Miguel. Esta tentativa foi novamente falhada, tendo dela resultado o exílio de D. Miguel por quatro anos, o qual foi aclamado, no entanto, rei legítimo em 1828.

Teoria política e social que advoga o governo representativo, a liberdade de imprensa, de expressão e de credo religioso, a abolição dos privilégios de classe, a utilização dos recursos do Estado para protecção do bem-estar do indivíduo e o comércio livre internacional. Apesar de tudo, João e Carlota Joaquina cumpriram o seu dever, gerando quase uma dezena de infantes durante treze anos (1793-1806), embora o desprezo e o ódio crescentes e mútuos levassem a suspeitar e a dizer que os filhos nascidos após 1801 só eram da rainha. 

 De facto, Carlota Joaquina, mau grado a sua fealdade, ganhou fama de leviana e adúltera, variando aliás as paixões que ia sentindo por alguns que a rodeavam ou que encontrava. (Os métodos científicos actuais poderiam, eventualmente, resolver de uma vez por todas esta questão que tem feito correr tanta tinta).

D. Leopoldina de Áustria - D. Pedro IV

Também Imperatriz do Brasil Rainha de Portugal pelo seu casamento com D. Pedro IVDona Maria Leopoldina Josefa Carolina de Habsburgo. Nasceu em Viena, 22 de Janeiro de 1797 e faleceu no Rio de Janeiro a 11 de Dezembro de 1826, foi arquiduquesa da Áustria, primeira imperatriz doBrasil e, durante oito dias (em 1826), rainha de Portugal.Origem e infância

Pertencia à Casa de Habsburgo. Era filha do imperador do Sacro Império Romano-Germânico Francisco II (1768-1835) (o qual, a partir de 1804, passou a ser apenas imperador da Áustria como Francisco I) e de sua segunda esposa e prima Maria Teresa da Sicília ou de Bourbon - Nápoles (1772-1807) princesa das Duas Sicílias, de um ramo da Casa de Bourbon, pois filha do rei Ferdinando I (1751-1825) e de sua esposa Maria Luisa (1745-1792).

Francisco, seu pai, era viúvo de Elisabeth Guilhermina Luísa de Wurttemberg, morta sem descendência em 1790; casaria por terceira vez com Maria Ludovica d´Este, a quemLeopoldina chamava «mãe», que não teve filhos e morreu em 1816; e casou uma quarta vez com Carolina Augusta da Baviera, morta em 1873 sem filhos.

D. Estefânia - D. Pedro V

D. Estefânia Josefa Frederica Guilhermina Antónia de Hohenzollern-Sigmaringen,nasceu em Krauchenwies em 15 de Julho de 1837 e faleceu em Lisboa a 17 de Julho de1859. Rainha de Portugal pelo seu casamento com D. Pedro V, era princesa deHohenzollern Sigmaringen. O casamento foi realizado por procuração em Berlim, na igreja católica de Santa Edviges, em 1858. 

D. Estefânia chegou a Portugal nesse mesmo ano, tendo morrido cerca de catorze meses após a sua chegada, devido a uma angina diftérica. De acordo com os seus desejos, foi fundado, em 1860, pelo rei, o hospital de D. Estefânia (Lisboa). assim chamado em sua honra

Juntamente com o marido, Estefânia fundou diversos hospitais e instituições de caridade, o que lhe granjeou uma grande aura de popularidade entre os portugueses de todos os quadrantes políticos e sociais.

Decorrido pouco tempo depois de seu casamento de um ano, a rainha faleceu aos vinte e dois anos de idade, vítima de difteria. A doença teria sido contraída durante uma visita aVendas Novas.A morte de D. Estefânia deixou grandemente consternado não só o rei, como também o povo em geral, que por ela desenvolvera um grande afeto. Devido à sua morte precoce, o casal não teve quaisquer filhos.


Maria Pia de Sabóia - D. Luis 

Rainha de Portugal, era filha de Vítor Manuel, rei da Sicília e de Itália depois da unificação de 1869, e da arquiduquesa Maria Adelaide da Áustria. Casou em 1862 com o rei D. Luís. Pessoa de personalidade vincada, enfrentou o duque de Saldanha depois do golpe de 1870, por ofensa ao rei. 

Ao saber do incêndio ocorrido no Porto, no teatro Baquet, apesar do mau tempo que se fazia sentir, embarcou em Lisboa para prestar auxílio às vítimas. 

Depois do regicídio, em que perderam a vida o rei D. Carlos, seu filho, e o neto, herdeiro do trono, enlouqueceu. Morreu no exílio no Piemonte.

D. Maria Amélia - D. Carlos I 

Rainha de Portugal (1889-1908), nascida em Twickenham (Inglaterra). De seu nome completo Maria Amélia Luísa Helena de Bourbon Orleães e Bragança, filha dos condes de Paris, casou, em 1886, com o futuro rei D. Carlos.

Dedicou-se à causa dos tuberculosos, em apoio dos quais criou a Assistência Nacional aos Tuberculosos (1899). Fundou o Museu Nacional dos Coches (1905). Trabalhou na Cruz Vermelha durante a I Guerra Mundial, tendo sido condecorada por Jorge V de Inglaterra. 

Sobreviveu ao atentado de 1908 que vitimou o rei D. Carlos e o seu filho primogénito, D. Luís Filipe. 

Esteve ao lado de seu filho e novo rei de Portugal,D. Manuel II, saindo com este para o exílio aquando da implantação da República em 1910. Está sepultada no Panteão de São Vicente de Fora, em Lisboa.


Um comentário:

Deise Colpes disse...

Foto incorreta. A Amélia que ilustra o srtigo e segunda esposa de Pedro I v