IPA : Monumento
Nº IPA : 1111070008
Designação : Palácio Nacional de Queluz e jardins
Localização : Lisboa, Sintra, Queluz
Acesso : Queluz de Baixo
Enquadramento : Urbano, destacado, isolado
Descrição: De planta complexa (correspondendo à aglutinação de vários núcleos e fases distintas de construção), o edifício organiza-se genericamente em L enquadrando os jardins por meio de várias alas, as quais apresentam volumetria escalonada, sendo a cobertura efectuada por telhados a 2 e a 4 águas.
Do lado externo a E., o palácio abre 2 braços curvos, sendo o braço N. ocupado pela cozinha e dependências anexas, e prolongando-se linearmente o braço S. numa ala caracterizada pelo volume da cobertura bolbosa da capela e pela abertura convexa do pórtico de acesso.
Merece menção sobretudo a componente decorativa que caracteriza algumas salas, constituída por pintura a fresco (Sala das Açafatas), revestimento a espelhos, estuque e talha dourada (Toucador da Rainha, Sala do Trono), parquet de madeiras exóticas (Sala D. Quixote) ou azulejos (Corredor das Mangas).
Utilização Inicial : Residencial
Utilização Actual : Turística / Cultural
Propriedade : Pública: estatal
Afectação : IPPAR, DL 106F/92, de 01 Junho
Época Construção : Séc. 18
Arquitecto/Construtor/Autor : Arq. Mateus Vicente de Oliveira (1706 - 1785), Arq. Jean-Baptiste Robillon (1704 - 1782), Arq. Manuel Caetano de Sousa (1742 - 1802)
Cronologia
1654 - a quinta de Queluz, pertença do Marquês de Castelo Rodrigo, passa para a posse da Casa Real e é incorporada na Casa do Infantado;
1747 - início da construção de um palácio, por iniciativa do príncipe D. Pedro (o m. q. D. Pedro III, pelo seu casamento com a rainha D. Maria I);
1756 - revestimento azulejar (da autoria de João Nunes de Oliveira) do canal de recreio que anima o jardim
1758 - até esta data as obras prosseguem sob a direcção de Mateus Vicente de Oliveira, cuja presença é então requerida em Lisboa para efeitos da reconstrução da cidade sendo substituído em Queluz por Robillon, o qual será responsável designadamente pela concepção dos jardins;
1760 - conclusão da ala ocidental;
1761 - ornamentação da Sala das Talhas;
1765 - construção de uma pequena praça de touros no jardim;
1782 - a morte de Robillon faz com que a direção das obras seja entregue a Manuel Caetano de Sousa, sendo então o palácio dotado de quartéis para a guarda real, casa de administração, cavalariças e outras dependências anexas;
1784 - revestimento azulejar do Corredor da Manga, da responsabilidade do azulejador Francisco Jorge da Costa;
1786 - fim da primeira grande fase de construção do palácio, coincidindo com a morte de D. Pedro III;
1794 - o palácio passou a ser residência oficial da família real portuguesa;
1807 - aquando da partida da família real portuguesa para o Brasil, o palácio é despojado de parte do seu recheio;
1908 - por cedência de D. Manuel II, o palácio passa para a Fazenda Nacional;
1934 - violento incêndio destrói parcialmente o palácio
O Palácio dos Duques de Bragança
O Palácio dos Duques de Bragança
Protecção Legal : Monumento Nacional (MN);
Dec. 16-06-1910, Zona Especial de Protecçao DG, 2ª série, nº 170, 23-07-1955
Endereço : Paço dos Duques de Bragança
Rua Conde D. Henrique
4810-245 Guimarães
Freguesia :Oliveira do Castelo
Guimarães
Mandado construir no primeiro quartel do século XV, provavelmente entre 1420 e 1422, por D. Afonso, Conde de Barcelos - filho bastardo de D. João I e futuro Duque de Bragança -, a edificação do Paço coincidiu com a concretização do seu segundo casamento, altura em que fixou residência em Guimarães. O século XVI marcou o início do abandono progressivo e consequente ruína, processo que se agravou durante o século XIX, quando o Paço serviu de pedreira para as populações vizinhas. A partir de 1937 procedeu-se à reedificação arquitectónica, possível a partir da análise da estrutura e da reformulação de numerosos elementos, que lhe conferiram o carácter de Paço europeu que hoje detém.
Das colecções destaca-se, pelo seu valioso contributo para a História dos Descobrimentos Portugueses, o conjunto das quatro cópias das tapeçarias de Pastrana, cujo desenho é atribuído ao pintor Nuno Gonçalves, autor do políptico de S. Vicente de Fora, que narram alguns dos passos das conquistas do Norte de África; a colecção de porcelanas da Companhia das Índias; o conjunto de faianças portuguesas das principais fábricas da época: Prado, Viana, Rocha Soares, Rato; o núcleo de tapeçarias flamengas, nomeadamente as que foram executadas segundo cartões de Pieter Paul Rubens, entre muitas outras obras.
O Paço dos Duques está hoje classificado como Monumento Nacional (MN) e engloba na sua estrutura, para além de uma área de Museu, uma ala (fachada principal, 2° piso) destinada à Residência Oficial da Presidência da República.
O Palácio da Ajuda
IPA : Monumento
Designação : Paço da Ajuda / Palácio Nacional da Ajuda (v. 1106010061)
Localização : Lisboa, Lisboa, Ajuda
Acesso : Lg. da Ajuda
Enquadramento : Urbano, destacado, isoladoDescrição :
O Palácio da Ajuda
IPA : Monumento
Designação : Paço da Ajuda / Palácio Nacional da Ajuda (v. 1106010061)
Localização : Lisboa, Lisboa, Ajuda
Acesso : Lg. da Ajuda
Enquadramento : Urbano, destacado, isoladoDescrição :
De planta sensivelmente quadrada, organizando, em torno de um pátio quadrangular, 4 alas (encontrando-se a O. incompleta) cuja volumetria paralelepipédica é coberta por telhados a 2 águas articulados nos ângulos. A fachada E. do palácio, tornada principal, apresenta uma organização em 3 corpos, integralmente em cantaria de lioz.
No nível térreo do corpo central abrem-se 3 arcos - de acesso ao grande vestíbulo onde se rasgam vários nichos preenchidos com estátuas figurando Virtudes - sobre os quais se eleva a varanda nobre para onde abrem 3 janelões rectangulares inscritos em arcos de volta inteira e ladeados por colunas.
No INTERIOR há a destacar, entre as inúmeras salas do Palácio, no 1º andar:
Sala dos Archeiros, Sala do Porteiro da Cana, Sala de Espera ou da Audiência , Sala de D. Sebastião ou dos Cães, Sala do Despacho ou do Beija-mão, Sala de Música e ainda a Salinha de Saxe e a Sala de Mármore ou Jardim de Inverno.
Utilização Inicial : Residencial / Administrativa
Utilização Actual : Administrativa / Cultural / Marco histórico-cultural
Propriedade : Pública: estatal
Época Construção : Séc. 18 / 19
Arquitecto/Construtor/Autor : Manuel Caetano de Sousa, arquitecto; Francisco Xavier Fabri, arquitecto; José da Costa e Silva, arquitecto; António Francisco Rosa, arquitectoNo 2º andar: Temos a Sala Oriental ; Sala de D. Fernando , Sala Império, Sala dos Gobelins , Sala do Trono , Sala de Jantar e ainda a Sala do Corpo Diplomático, aSala de D. João VI e a Sala da Aclamação ou da Tocha.
Familia Real |
Cronologia : 1795 - lançada a 1ª pedra do palácio real a construir segundo projecto de Manuel Caetano de Sousa, sendo as obras interrompidas pouco depois;
1802 - aprovação dos projectos de Francisco Xavier Fabri e José da Costa e Silva, reiniciando-se as obras;
1807 / 1813 - suspensão das obras (invasões francesas e fuga da família real para o Brasil);
1818 - aprovação do projecto de António Francisco Rosa, que consiste numa redução dos projectos anteriormente aprovados;
1821 - apresentação de um 2º projecto de A. Francisco Rosa, que corresponde a nova redução;
1826 - o palácio é pela 1ª vez usado como residência régia, instalando-se nele a infanta D. Isabel Maria, regente do reino; séc. 19, 2ª metade - realização de obras significativas e utilização do palácio como residência da família real;
D. Luis |
1910 - cessam os trabalhos, ficando o palácio incompleto;
1925 - inundação da Biblioteca por águas pluviais;
1974 - um incêndio destrói parte significativa da ala Norte
Tipologia : Arquitectura civil pública neoclássica
Características Particulares :
Dados Técnicos : Paredes autoportantes
Materiais : Alvenaria mista, cantaria de calcário e mármore, reboco pintado, madeira, estuque pintado
( Condensado da Informação na Net da DGMN )
O Convento ou Basílica de Mafra
Localização : Lisboa, Mafra, Mafra no Terreiro de D. João V
Este monumental palácio e convento barroco domina a pequena vila de Mafra. Foi mandado construir por D. João V, em consequência de um voto que o jovem rei fizera se a rainha D. Mariana da Áustria lhe desse descendência. ( Assunto tratado em forma de ficção no famoso livro deSaramago - O Convento ).
O nascimento da princesa D. Maria Bárbara, determinou o cumprimento da promessa. Os trabalhos começaram em 1717 com um modesto projecto para albergar 13 frades franciscanos ( arrábidos ), mas o dinheiro do Brasil começou a entrar nos cofres, pelo que D. João V e o seu arquitecto, Johann Friedrich Lwdwig (1670-1752) que estudara na Itália, iniciaram planos mais ambiciosos não se poupando a despesas.
A construção chegou a ocupar cerca de 50.000 trabalhadores e o projecto final acabou por abrigar330 frades, um palácio real e uma das mais belas bibliotecas da Europa, decorada com mármores preciosos, madeiras exóticas e incontáveis obras de Arte. Com os seus cerca de 40.000 metros quadrados, é maior edifício de Portugal.
A magnifica Basílica, que impressiona pelo seu sofisticado e perfeito acabamento ( Como se poderia acabar assim, sem máquinas naquela época ? ), foi consagrada no 41º aniversário do rei, em 22 de Outubro de 1730, com festividades que duraram oito dias. O palácio nunca foi um local favorito da família real, excepto para os que gostavam de caçar na tapada.
As melhores mobílias e obras de arte foram levadas para o Brasil, para onde partiu a família real quando das invasões francesas em 1807. O Mosteiro foi abandonado em 1834, após a dissolução das ordens religiosas, e dali também saiu D. Manuel II, para o exílio em Inglaterra. O maior tesouro de Mafra é a Biblioteca com o chão em mármore, estantes rococó e uma colecção de 40.000 livros com encadernações em couro, gravadas a ouro, incluindo uma primeira edição dos Lusíadas impresso em 1572.
As melhores mobílias e obras de arte foram levadas para o Brasil, para onde partiu a família real quando das invasões francesas em 1807. O Mosteiro foi abandonado em 1834, após a dissolução das ordens religiosas, e dali também saiu D. Manuel II, para o exílio em Inglaterra. O maior tesouro de Mafra é a Biblioteca com o chão em mármore, estantes rococó e uma colecção de 40.000 livros com encadernações em couro, gravadas a ouro, incluindo uma primeira edição dos Lusíadas impresso em 1572.
Os trabalhos começaram a 17 de Novembro de 1717 com um modesto projecto para abrigar 13 frades franciscanos, mas o dinheiro do ouro do Brasilcomeçou a entrar nos cofres, pelo que D. João V e o seu arquitecto, Johann Friedrich Ludwig que estudara na Itália, iniciaram planos mais ambiciosos.O palácio só era popular para os membros da família real, que gostavam de caçar na tapada. Como já se disse, as melhores mobílias e obras de arte foram levadas para o Brasil, para onde partiu a família real quando das invasões francesas, em 1807.
Desconhece-se, no entanto, o destino da maior parte desse património, visto que não constam eO mosteiro foi abandonado em 1834, após a dissolução das ordens religiosas. Durante os últimos reinados da Dinastia de Bragança, o Palácio foi utilizado como residência de caça e dele saiu também em 5 de Outubro de 1910 o último rei D. Manuel II para a praia da Ericeira, onde o seu iate real o conduziu para o exílio.
No palácio pode-se visitar, a farmácia, com belos potes para medicamentos e alguns instrumentos cirúrgicos, o hospital, com dezasseis cubículos privados de onde os pacientes podiam ver e ouvir missa na capela adjacente, sem saírem das suas camas. No andar de cima, as sumptuosas salas do palácio estendem-se a todo o comprimento da fachada ocidental, com os aposentos do rei numa extremidade e os da rainha na outra, a 232 m de distância.
Ao centro, a imponente fachada é valorizada pelas torres da basílica coberta com uma cúpula. O interior é forrado a mármore e equipado com seis orgãos do princípio do século XIX, com um repertório exclusivo que não pode ser tocado em mais nenhum local do mundo.
O átrio da basílica é decorado por belas esculturas da Escola de Mafra, criada por D. José I em 1754, foram muitos os artistas portugueses e estrangeiros que aí estudaram sob a orientação do escultor italiano Alessandro Giusti. A sala de caça exibe troféus de caça e cabeças de javalis.
O Palácio possui ainda dois carrilhões, mandados fabricar em Antuérpia por D. João V, com um total de 92 sinos que pesam mais de 200 mil quilos e são considerados dos maiores e melhores do mundo.
Contudo o maior tesouro de Mafra é a biblioteca, com chão em mármore, estantes rococó e uma colecção de mais de 40 000 livros com encadernações em couro gravadas a ouro, incluindo uma segunda edição de Os Lusíadas de Luís de Camões.
Cronologia
1712 - Deliberação de D. João V no sentido de se edificar um convento de religiosos da província da Arrábida, no local denominado Alto da Vela;
1713 - Aquisição dos terrenos;
1717 - Lançamento da 1ª pedra do edifício, a 17 de Novembro, o qual tinha visto o seu programa alterado (sendo sucessivamente aumentado o nº de religiosos que albergaria, acrescentando-se uma área de residência régia e uma zona hospitalar) e obedecia a um projecto do Arq. João Frederico Ludovice;
1728 - Conclusão da basílica (à excepção do zimbório), quanto à obra fundamental de arquitectura, lançamento dos alicerces do convento que se destinava então a acolher 300 religiosos; 1729 - Trabalhavam no estaleiro de Mafra 47.836 operários;
1730 - Realização, em Antuérpia, dos carrilhões da basílica (57 sinos para cada uma das torres), por Nicolau Lepache e Guilherme Withlockx;
1730 - Sagração da basílica, a 21 de Outubro, os trabalhos prosseguem num ritmo mais lento e sob a direcção do Arq. Custódio Vieira (c. 1690 - 1744);
1731 / 1733 - Realização em Itália da componente escultórica da basílica (estátuas destinadas à fachada, galilé e a todas as capelas do interior);
1734 -Inauguração do refeitório conventual;
1735 - Conclusão de importantes detalhes do zimbório da basílica, sendo a obra exterior do convento também dada por concluída;
1744 - São considerados concluídos os trabalhos do complexo arquitectónico de Mafra, ainda que muitos pormenores se encontrem por realizar, o convento é então habitado por 342 religiosos, 203 sacerdotes, 45 coristas, 10 noviços, 60 leigos e 24 donatos;
1750 - Celebração das exéquias fúnebres de D. João V na basílica;
1754 - celebração das exéquias fúnebres da rainha D. Mariana de Áustria na basílica;
1755 - Conclusão do retábulo dos Santos Bispos, pelo escultor italiano activo em Portugal Alessandro Giusti (1715 - 1799);
1765 - Uma descarga eléctrica atinge o zimbório destruindo as colunas de mármore do interior; 1770 - Breve pontifício determinando a ocupação do convento de Mafra por uma comunidade de cónegos regrantes de Santo Agostinho;
1771 - Os religiosos arrábidos são obrigados a abandonar o convento, o qual passa a ser ocupado pelos cónegos regrantes de Santo Agostinho, que aí assegurarão o funcionamento de um colégio, sob a supervisão do Cardeal da Cunha e que encomendarão ao Arq. Manuel Caetano de Sousa (1742 - 1802) a conclusão da obra da biblioteca;
1772 - Chegam ao denominado Colégio Real de Mafra 54 alunos;
1772 - Cerimónia de inauguração do colégio;
1792 - por determinação de D. Maria I, os agostinhos abandonam Mafra, regressando os arrábidos ao convento;
1806 / 1807 - O palácio funciona como residência real principal de D. João VI e D. Carlota Joaquina, registando-se variadas obras de beneficiação e redecoração dos interiores do palácio;
1807 - Conclusão da reconstrução dos 6 órgãos da basílica;
1807 - Tem lugar na basílica o baptismo da infanta D. Ana de Jesus Maria, filha de D. João VI;
1808 - Instalação, em parte do edifício, uma pequena fracção do exército aliado inglês;
1820 - Encerramento do Real Colégio de Mafra, a comunidade arrábida não ultrapassava os 40 religiosos;
1828 - Retira-se do edifício a fracção do exército inglês aí instalada desde
1808; 1833 - Fuga da comunidade religiosa, constatando a aproximação das tropas liberais;
1834 - Com a expulsão das ordens religiosas, o convento de Mafra é incorporado na Fazenda Nacional;
1835 - A basílica funciona como igreja paroquial da vila;
1841 - Á excepção dos compartimentos do palácio, da Sala dos Actos, refeitório, cozinha e botica dos religiosos, o edifício de Mafra fica à disposição do Ministério da Guerra (para aproveitamento conforme sua vontade);
1848 - O Real Colégio Militar é transferido de Carnide para o edifício de Mafra;
1859 - O Real Colégio Militar deixa Mafra;
1868 - Depois de apeada é conduzida para o real Museu de Belas-Artes de Lisboa, a grade de ferro da entrada da capela-mor da basílica;
1870 - O Real Colégio Militar abandona Mafra.
O Palácio Nacional de Sintra
PA : Monumento Designação :
Palácio Nacional de Sintra / Palácio da Vila
Localização : Lisboa, Sintra, São Martinho
Acesso : Lg. Rainha D. Amélia
Enquadramento : Urbano, destacado, isolado por terreiro e escadaria, em posição altimétrica dominante
Descrição :
De planta complexa organizando-se em V, segundo eixos SO.-E. e NO.-E., o edifício apresenta volumetria escalonada constituída sobretudo por paralelipípedos, sendo a cobertura efectuada por múltiplos telhados diferenciados a 4 águas. Volumetricamente destaca-se ainda o par de altas chaminés cónicas.
O alçado principal, a S., apresenta-se organizado em 3 corpos, sendo o central mais elevado e recuado relativamente aos extremos, sendo visível no seu piso térreo uma arcaria (4 arcos quebrados) encimada, no andar nobre, por 5 janelas maineladas e emolduramento calcário, iluminantes da Sala dos Cisnes.
O alçado principal, a S., apresenta-se organizado em 3 corpos, sendo o central mais elevado e recuado relativamente aos extremos, sendo visível no seu piso térreo uma arcaria (4 arcos quebrados) encimada, no andar nobre, por 5 janelas maineladas e emolduramento calcário, iluminantes da Sala dos Cisnes.
O remate deste corpo é efectuado por cornija merloada, tal como a designada ala Manuelina, a E. e ligeiramente recuada em relação a este alçado, desenvolvida em 2 andares ritmados pela abertura de janelas maineladas e emolduramento calcário com abundante decoração vegetalista em relevo. As restantes frentes do edifício (N. e SO.) apresentam uma complexa articulação de corpos salientes e reentrantes, destacando-se, no extremo do alçado N., o volume cúbico da Sala dos Brasões.
Merecem menção os seguintes compartimentos: Sala dos Archeiros, adaptação coberta de um antigo terraço caracterizado pela presença de 2 planos de um pórtico arquitravado, formando ângulo recto; Sala Moura ou dos Árabes, de planta quadrada, ostentando ao centro do pavimento, de tijoleira, uma fonte e nas paredes, lambril de azulejos polícromos quinhentista;
Sala das Pegas, de planta rectangular, coberta por tecto de masseira ostentando figurações de pegas, reconhecendo-se nos muros revestimento azulejar quinhentista e uma lareira renascentista esculpida, em mármore de Carrara;
Sala das Pegas, de planta rectangular, coberta por tecto de masseira ostentando figurações de pegas, reconhecendo-se nos muros revestimento azulejar quinhentista e uma lareira renascentista esculpida, em mármore de Carrara;
Sala dos Cisnes, de planta rectangular, coberta por tecto de masseira apresentando painéis octogonais onde se inscrevem figurações de cisnes;
Sala dos Brasões, de planta quadrada, e paredes inteiramente revestidas com painéis de azulejos azuis e brancos figurando cenas galantes e de caça, é coberta por cúpula gomada octogonal (ligada nos ângulos através de trompas curvas) cujo intradorso se encontra compartimentado em painéis ostentando a representação das armas de 72 famílias nobres portuguesas e dos 8 filhos de D. Manuel I, sendo o fecho decorado com as armas reais.
Sala dos Brasões, de planta quadrada, e paredes inteiramente revestidas com painéis de azulejos azuis e brancos figurando cenas galantes e de caça, é coberta por cúpula gomada octogonal (ligada nos ângulos através de trompas curvas) cujo intradorso se encontra compartimentado em painéis ostentando a representação das armas de 72 famílias nobres portuguesas e dos 8 filhos de D. Manuel I, sendo o fecho decorado com as armas reais.
A Capela, de planta rectangular e nave única, apresentando os muros revestidos por pintura ornamental e tecto de madeira; a cozinha, na qual se reconhecem os arranques octogonais das chaminés monumentais; alguns compartimentos da denominada ala manuelina, ostentando emolduramentos de vãos e lareiras em calcário caracterizadas por decoração relevada.
Temos ainda : a Sala de D. Afonso V (das Duas Irmãs ou das Colunas), a Sala das Sereias ou da Galé, a Sala da Audiência ou de D. Sebastião.
Temos ainda : a Sala de D. Afonso V (das Duas Irmãs ou das Colunas), a Sala das Sereias ou da Galé, a Sala da Audiência ou de D. Sebastião.
Utilização Inicial :
Residencial: palácio real
Utilização Actual : Turística / Cultural
Propriedade : Pública: estatal
Afectação : IPPAR, DL 106F/92, de 01 Junho Época Construção : Idade Média, Séc. 16 / 18 / 19
Cronologia :
1385 - D. João I doa o palácio então existente na vila de Sintra a D. Henrique Manuel, conde de Seia;
1386 - o palácio volta para a posse da coroa, tendo início uma importante campanha de obras da qual data a hoje denominada ala joanina, na qual terá intervido o mestre João Garcia de Toledo;
1489 - campanha de obras tendo por objectivo aligeirar a massa da construção (constituída por volumes muito opacos) e enriquecer a decoração interior (aplicação dos azulejos andaluzes);
1505 - 1520 - edificação da denominada ala manuelina; 1508 - tem início a construção da sala dos Brasões;
1521 - 1555 - durante o reinado de D. João III constroi-se o corpo saliente entre as alas joanina e manuelina, o corpo que arranca do pátio de Diana, o pórtico e a escada elicoidal a ele conducente;
Séc. 17 - sob a orientação do conde de Soure decorrem obras de alteração e ampliação;
1683 - 1706 - durante o reinado de D. Pedro II renovaram-se as pinturas dos tectos de alguns compartimentos;
1755 - importantes obras de restauro no seguimento dos danos causados pelo terramoto e edificação da ala que vai do denominado Jardim da Preta ao pátio dos Tanquinhos;
1863 - campanha de redecoração de carácter revivalista das janelas do alçado principal; 1969 - estragos provocados pelo sismo
Tipologia: Arquitectura civil residencial, medieval, gótica, manuelina, renascentista e romântica: palácio real
Caracteristicas Particulares : Exemplo de arquitectura orgânica, com conjunto de corpos aparentemente separados mas fazendo parte de um todo articulado entre si através de pátios, escadas, corredores e galerias. Misto de elementos muçulmanos e europeus. Não se reconhece pelo exterior a multiplicidade de cambiantes arquitectónicas e riqueza ornamental do seu interior.
Dados Técnicos : Paredes autoportantes, estrutura mista
Materiais : Alvenaria mista, reboco pintado, cantaria de calcário, mármore, azulejos, estuque pintado, madeira pintada e dourada( Condensado da Informação na Net da DGMN )
Site oficial do Palácio de Sintra
O Paço Ducal de Vila Viçosa é importante monumento situado no Terreiro do Paço da vila alentejana do distrito de Évora. Foi durante séculos a sede da sereníssimaCasa de Bragança, uma importante família nobre fundada no século XV, que se tornou na Casa Reinante emPortugal, quando em 1 de Dezembro de 1640 o 8ºDuque de Bragança foi aclamado Rei de Portugal (D.João IV).
Vila Viçosa tornou-se sede do importante ducado de Bragança quando D.Fernando (1403-1461) sucedeu a seu pai, tornando-se o 2ºDuque de Bragança, em 1461. Na verdade, o 2º Duque de Bragança recebera de seu avô, o Condestável do Reino, D.Nuno Álvares Pereira, o título de Conde de Arraiolos, pelo que quando chegou a Duque, não quis trocar as planuras alentejanas pelo Paço Ducal de Guimarães.
Assim se estabeleceram os Bragança em Vila Viçosa, no primitivo Paço do Castelo. Porém, o seu filho, também D.Fernando (3º Duque de Bragança), veio a ser executado em 1483, por ordem deD.João II, acusado de traição, tendo a família sido exilada para Castela, de onde só regressaram em 1496, após a morte do Rei. Uma vez reabilitado o Ducado, o 4º Duque, D.Jaime, não quis habitar o Paço do Castelo, por estar ligado à memória do seu pai, mandando construir um palácio novo, no sítio chamado do Reguengo, assim começou a ser erguido o que é hoje o magnífico Palácio Ducal de Vila Viçosa.
D. Jaime IV |
Vila Viçosa tornou-se sede do importante ducado de Bragança quando D.Fernando (1403-1461) sucedeu a seu pai, tornando-se o 2ºDuque de Bragança, em 1461. Na verdade, o 2º Duque de Bragança recebera de seu avô, o Condestável do Reino, D.Nuno Álvares Pereira, o título de Conde de Arraiolos, pelo que quando chegou a Duque, não quis trocar as planuras alentejanas pelo Paço Ducal de Guimarães. Assim se estabeleceram os Bragança em Vila Viçosa, no primitivo Paço do Castelo.
Porém, o seu filho, também D.Fernando (3º Duque de Bragança), veio a ser executado em 1483, por ordem deD.João II, acusado de traição, tendo a família sido exilada para Castela, de onde só regressaram em 1496, após a morte do Rei. Uma vez reabilitado o Ducado, o 4º Duque, D.Jaime, não quis habitar o Paço do Castelo, por estar ligado à memória do seu pai, mandando construir um palácio novo, no sítio chamado do Reguengo, assim começou a ser erguido o que é hoje o magnífico Palácio Ducal de Vila Viçosa.
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