sábado, 8 de junho de 2013

Tecnologia na dinastia de Bragança

Tecnologia na dinastia de Bragança

O Aqueduto das Águas Livres

Canal coberto de alvenaria ou pedra destinado à condução de água, onde esta corre a descoberto. Para tal, necessita de ter uma inclinação uniforme e pequena, pelo que é construído sobre arcos de altura diversa, consoante o acidentado do terreno, e subterraneamente, se atravessava montes.

Esta arquitectura está muito presente na Península Ibérica e data desde a presença romana, sendo indispensável para o abastecimento hidráulico das povoações.

Em Portugal contam-se inúmeros aquedutos, sendo de salientar o imponente aqueduto das Águas Livres em Lisboa, o aqueduto dos Arcos do Jardim em Coimbra, o aqueduto dos Pegões Altos em Tomar e o aqueduto da Amoreira em Elvas.

Alguns destes aquedutos desempenharam subsidiariamente funções militares em certas ocasiões, pela sua disposição estratégica no terreno.

Aqueduto das Águas Livre



O aeróstato - Padre Bartolomeu de Gusmão

Pioneiro da aerostática. De origem brasileira (nasceu em Santos), inventou o aeróstato movido a ar aquecido, cerca de setenta anos antes das experiências dos irmãos Montgolfier.

Fez estudos no seminário de Belém da Cachoeira, dos jesuítas, onde evidenciou desde cedo particular aptidão para o domínio da física e da mecânica. Ainda noviço, abandonou a Companhia de Jesus (1701), vindo a ser ordenado sacerdote mais tarde. 


Em 1708, frequentou a faculdade de cânones em Coimbra, tendo doutoran-se em 1720. Interrompeu os estudos para se dedicar a tempo inteiro ao seu invento um pequeno balão ou globo feito de lona ou papel, aquecido pelo fogo. Em 1709, realizou, em Lisboa, as primeiras experiências com a "máquina voadora".

A primeira vez que quis mostrar o seu invento a D. João V, o balão pegou fogo e não voou; contudo, na segunda tentativa, feita no paço real, o "instrumento de voar" elevou-se quatro ou cinco metros, até ao tecto da sala dos embaixadores. 

Há ainda registo de uma terceira experiência, em que o balão foi lançado da ponte da Casa da Índia, tendo subido a uma altura considerável. São apenas lendas as histórias de que Bartolomeu de Gusmão teria voado do castelo de São Jorge ao Terreiro do Paço ou da torre de São Roque ao convento de São Pedro de Alcântara.

A primeira máquina a Vapor

Em 6 de Fevereiro de 1742 a "Gazeta de Lisboa" publicava a seguinte notícia: «A rainha N.S. com os príncipes e o Sr infante D. Pedro foram a uma das casas reais de campo, do sítio de Belém, a que chamam da praia, e ali viram as operações de duas máquinas as quais por meio do peso do ar e da força do vapor levantavam água, dando o frio ocasião a que o peso do ar pudesse a tornar a reduzir em água os vapores, em que o calor a tinha transformado. 

El - rei N.S. com o Sr. infante D. António tinham já visto a operação destas máquinas, que são as que os ingleses chamam simples, as quais em terras abundantes de lenha são de grandíssima utilidade. Deve-se a sua primeira origem ao Marquês de Worcester, e invento da sua prática ao capitão Severi ( sic). Coube ao Dr. Bento de Moura Portugal ( mais tarde morreu aferrolhado nas prisões da Junqueira, por ordem de Pombal em 1760), a a montagem destas máquinas»


Tratava-se da máquina de vapor de Thomas Newcomen, (1663-1729), serralheiro e inventor inglês que em 1698 de parceria com o engenheiro Thomas Savery construíram a primeira máquina a vapor operacional, da qual conseguiram várias patentes. Em 1705 com a ajuda de Jonh Cawley melhora a máquina.

A máquina usava a pressão atmosférica e vapor de baixa pressão, foi largamente usada na maioria dos países da Europa para bombear água e foi melhorada mais tarde em 1725. A máquina de Newcomen foi exportada para a América do Norte até 1755.

Permaneceu praticamente inalterável até 1769, quando o engenheiro e inventor escocês James What inventou um condensador de vapor que aumentava substancialmente a eficiência da máquina a vapor de Newcomen. Em 1790 esta foi totalmente substituída pela máquina de Watt, já com regulador de velocidade.

Demorou quase 78 anos, até que a máquina a vapor fosse aplicada industrialmente em Portugal (1820), ao contrário do que tinha ocorrido na maioria dos países europeus. No entanto a primeira máquina a vapor como força motriz industrial só foi introduzida em 1835, no caminho de ferro em 1864 e na navegação marítima cerca de 1870. 

Assim, enquanto em Portugal em 1835 havia apenas uma máquina a vapor a indústria ingleses já tinha cerca de 10.000 em serviço num total de cerca de 100.000 cavalos-vapor. Em 1881 Portugal dispunha de 328 máquinas com uma potência instalada de 7.052 cavalos-vapor. 

(Condensado do Dicionário de História de Portugal de Joel Serrão)

As primeiras máquinas a vapor

Operavam utilizando-se mais da propriedade de o vapor condensar-se de novo em líquido do que de sua propriedade de expansão. Quando o vapor se condensa, o líquido ocupa menos espaço que o vapor. Se a condensação tem um lugar em um recipiente fechado, cria-se um vácuo parcial, que pode realizar trabalho útil.

Em 1698, Thomas Savery (1650-1715), mecânico inglês, patenteou a primeira máquina à vapor realmente prática, uma bomba para drenagem de água de minas. A bomba de Savery possuía válvulas operadas manualmente, abertas para permitir a entrada de vapor em um recipiente fechado. Despejava-se água fria no recipiente para resfriá-lo e condensar o vapor. Uma vez condensado o vapor, abria-se uma válvula de modo que vácuo no recipiente aspirasse a água através de um cano.

Em 1712, Thomas Newcomen (1663-1729), ferreiro inglês, inventou outra máquina à vapor para esvaziamento da água de infiltração das minas. A máquina de Newcomen possuía uma viga horizontal à semelhança de uma gangorra, da qual pendiam dois êmbolos, um em cada extremidade, Um êmbolo permanecia no interior de um cilindro, 

Quando o vapor penetrava no cilindro, forçava o êmbolo para cima, e acarretava a decida de outra extremidade. Borrifa-se água fria no cilindro, o vapor se condensava e o vácuo sugava o êmbolo de novo para baixo. Isto elevava o outro extremo da viga, que se ligava ao êmbolo de uma bomba na mina.

O Telégrafo, Telefone e a Iluminação Eléctrica em Portugal

O Telégrafo eléctrico 

A inauguração da rede oficial de telégrafo eléctrico em Portugal foi a 1856. Fazia a ligação do Terreiro do Paço às Cortes.

Telegrafo de Hughes
Em 1857 o telégrafo estava ligado com a Espanha. Em 1870 é inaugurado o cabo submarino com a Inglaterra e Gibraltar. Em 1871 entra em funcionamento o cabo telegráfico submarino com a Madeira, Cabo Verde e Pernambuco. Em 1893 é efectuada a ligação desde Carcavelos até Ponta Delgada, Horta e a todo o arquipélago dos Açores. 

Extensão da Rede telegráfica em Portugal: 

Em 1860 - Cerca de 2.000 Kms 

Em 1900 - Cerca de 8.000 Kms 

Em 1911-26 - Cerca de 9.000 Kms

A telegrafia eléctrica tinha sido precedida pela telegrafia de semáforos e telegrafia óptica. Em 1803 já havia telegrafia óptica no Pragal, Guia, Cabo da Roca, castelo de São Jorge e Nossa Senhora do Douro.

O Telefone

Apenas três anos depois de Graham Bell ter registado a patente do telefone, começaram as experiências com estes aparelhos em Portugal. Corria o ano de 1879. Surgiram os primeiros pedidos de instalação de uma rede telefónoca ao Estado português.

No dia 13 de Janeiro de 1882 foi assinado o contrato de concessão das três redes de telefone ( Lisboa, Porto e Braga ) à companhia Edison Gower Bell Telephone of Europe. Era no escritório da companhia na rua do Alecrim que estavam os telefonistas ( homens e mulheres ) que faziam as ligações entre os 22 números a 1,5Km da central telefónica. 

Foram inauguradas cabinas públicas a 10 de Junho de 1882, na estação de Alfândega Grande e na Casa Havaneza no Chiado. Só funcionavam das oito da manhã às nove da noite. Poucas semanas depois o horário foi alterado e permitia-se chamadas nocturnas para a Polícia, Bombeiros ou médicos.

O número de telefones passou rapidamente de 22 para 68, para 104 e em 1889 já havia 1855 telefones na rede de Lisboa e do Porto. A empresa passou a chamar-se The Anglo Portuguese Telephone Company Ltd, uma empresa com técnica britânica mas controlada financeiramente pelo Estado português. 

Foi em 19 de Maio de 1882 que foi publicada a primeira lista telefónica em Portugal, com 22 nomes. Um deles era do Dr. Sousa Martins o médico que muitos consideram santo. 

(Condensado do Dicionário de História de Portugal de Joel Serrão)

O Teatrofone do Jacinto 

Eça de Queiroz descreve nas Cidades e as Serras, o teatrofone do Jacinto que lhe permitia ouvir teatro ou música através do telefone. Sua Majestade o Rei D. Luís I imitou o Jacinto em 1884, quando estava de luto no Palácio de Ajuda, e impossibilitado de assistir à ópera Laureana, no teatro de S. Carlos. 

Instalou uma ligação telefónica entre a Ajuda e o Teatro de São Carlos e assistiu ao espectáculo sem sair do Palácio. No ano seguinte o Teatro de São Carlos criou assinaturas telefónicas para que pudessem ouvir-se os espectáculos da nova temporada lírica, sem sair de casa. A qualidade sonora devia ser um desastre, mas enfim !

Durante o período do Estado Novo as redes telefónicas e telegráficas conheceram notável expansão.

A iluminação Eléctrica em Portugal: 

Já em 1904 se pode documentar em Lisboa a existência de consumidores particulares, que no entanto são excepções. Só a partir da segunda guerra ( 1914 - 1918 ) a luz eléctrica destrona o gás e começa a penetrar nos lares lisboetas. A inauguração da luz eléctrica em Aveiro é só em 1920. 

Em 1866 o Teatro São Carlos já dispõe de central eléctrica privativa para a sua iluminação eléctrica. Em 1889 a Companhia do Gás fornece energia eléctrica para a iluminação da Avenida da Liberdade. A partir de 1902 as Companhias Reunidas de Gás e Electricidade - CRGE começam a alargar a rede de iluminação eléctrica a toda a cidade de Lisboa. 

Em 1955 ainda algumas zonas de Lisboa, como o Bairro de Santa Catarina e outros, tinham iluminação pública a gás, e a zona central da baixa de Lisboa era alimentada com corrente contínua, obrigando a utilização de equipamentos especiais ( comutatrizes - motores de C.C. acoplados directamente a geradores de A.C. ) para transformar a corrente contínua em alterna, necessária para alimentar a maioria dos equipamentos que já se utilizavam nos comércios e casas particulares.

Sala de máquinas da Central da Senhora do Desterro (1907)

Em 1908 foi concedida a primeira concessão da bacia hidrográfica do rio Alva na Serra da Estrela, à Empresa Hidro-Eléctrica da Serra da Estrela. Sendo a Central da Senhora do Desterro, no concelho de Seia, uma das primeiras centrais hidroeléctricas portuguesas e das primeiras zonas do país a serem electrificadas. 
Barragem do Castelo do Bode (1951)

No período do "Estado Novo" melhorou-se a irrigação e a electrificação do País. Construíram-se numerosas barragens, algumas monumentais e tradutoras de uma capacidade técnica excelente. Em 1974, Portugal produzia hidro-electricamente 47% de toda a sua produção energética. Apesar disso, a electrificação total do País achava-se ainda longe de realizada na década de Sessenta. 

O Caminho de Ferro em Portugal

Em 1844 José Bernardo da Costa Cabral fundou com o capital de 20.000 contos a Companhia de Obras Pública de Portugal à qual é concedida a construção de uma linha férrea para ligar Lisboa à fronteira de Espanha. Essa companhia nunca entrou em funcionamento. Cabe a Fontes Pereira de Melo fazer o lançamento da rede ferroviária nacional. 

Os trabalhos principiaram em 1853. Em 28 de Outubro de 1861 é inaugurado o troço ferroviário de Lisboa até ao Carregado. Em 1861 é efectuada a ligação do Barreiro a Vendas Novas. Em 1864 a linha do Norte chega a Gaia.e a do sul chega até Beja. 


 No período de 1875-77 foi construida pelo engenheiro francês Eiffel a ponte de ferro sobre o Douro. Em 1882 entra em funcionamento a linha da Beira Alta. e do Minho, também com a construcção da ponte internacional sobre o rio Mingho.. Em 1889 a linha ferroviária chega a Faro. Em 1863 fica concluida a ligação com a Espanha. A linha do Norte em 1864

Extensão da Rede Ferroviária nacional:

Em 1877 - 952 Kms Em 1894 - 2.353 Kms Em 1902 - 2.381 Kms 

Em 1907 - 2.753 Kms Em 1912 - 2.974 Kms 

Com o "Estado Novo" a rede de caminhos-de-ferro sofreu escassas modificações, e a sua extensão quilométrica poucos aumentos experimentou, à medida que as estradas e o número de automóveis e camionetas se multiplicavam. O que melhorou um pouco foi o material circulante e o serviço em geral.

Em 1926 electrificaram-se os primeiros comboios, mas houve que esperar pelos anos de Cinquenta e Sessenta para se continuar o processo, auxiliado pela introdução de locomotivas Diesel. Em 1968, havia electrificados mais de 400 Km de vias férreas. 

Outra novidade importante foi a inauguração dos primeiros quilómetros de comboios metropolitano, em Lisboa, em 1959 ( 100 anos depois do de Londres ).


O 1º Automóvel em Portugal ( 1895 )


O Panhard & Levassor, o primeiro automóvel em Portugal, 1895

O primeiro carro que entrou e circulou em Portugal foi um Panhard & Lavassor comprado pelo conde de Avilez que depois de uma viagem a Paris, ficou entusiasmado com este novo meio de transporte e encomendou um exemplar á Casa Panhard & Levassor de Paris.

Está actualmente em exposição no Museu da Alfândega na cidade do Porto e é propriedade do Automóvel Clube de Portugal. Como se disse trata-se do primeiro automóvel a entrar em Portugal.


Várias peripécias marcaram a sua entrada em Portugal. Na Alfândega não sabiam qual a designação a atribuir ao objecto, Se uma alfaia agrícola ou uma "locomobile" (máquina movida a vapor). Acabou por se optar pela última designação.

Este foi o veículo protagonista do primeiro acidente de viação em Portugal, quando na sua primeira viagem de Lisboa para Santiago do Cacém, atropelou um burro.

As estradas em Portugal Antes de 1926, a rede de estradas portuguesas não chegava aos 15.000 Kms, todas de má qualidade e traçado mais próprio para carroças do que para veículos modernos. Na prática estavam baseadas nas antigas vias romanas da Lusitânia. 

Nos tempos do marquês de Pombal dizia-se que era mais rápido ir do Porto a Londres por mar, do que viajar por estrada também do Porto a Lisboa. Com a chegada do "Estado Novo" ao poder, a construção e reparação de estradas constituíram, durante muitos anos, o orgulhoso símbolo da nova administração. A rede de estradas chega aos 34.000 kms em 1974. 

A primeira, e durante muito tempo única, auto-estrada, foi aberta ao tráfico na década de 1940, seguindo o modelo das auto-estradas alemãs. A estrada marginal entre Lisboa e Cascais, construída também em 1940, continua ainda hoje a ser a principal via de acesso entre essas duas localidades. Mais importante foi a reparação de estradas, sobretudo nos anos de 1926-30 e de 1931-40, mediante verbas consideráveis, todos os anos atribuídas para esse fim. 


A construção de estradas foi acompanhada pela construção de pontes, edificando-se, entre muitas outras, algumas verdadeiramente espectaculares, como por exemplo a ponte da Arrábida sobre o rio Douro no Porto, inaugurada em 1963, e a ponte sobre o Tejo em Lisboa - a maior ponte suspensa da Europa - aberta ao tráfico em 1966.

Primeira vez que voou um avião em Portugal ( 1910 )

Pioneiros da Aviação Portuguesa

No ano de 1909 foi fundada em Portugal a primeira instituição dedicada à Aviação, o Aeroclube de Portugal, que teve um papel decisivo na divulgação da aeronáutica. Seria o Aeroclube de Portugal a trazer ao nosso país o piloto francês Mamet que fez as primeiras demonstrações com um avião em território português. 

Foi ainda do Aeroclub de Portugal que saíu (em 1914) a comissão que formou a Aviação Militar. Óscar Blank torna-se 1º Português a voar em Paris. Ainda nesse ano, decisivo para a Aviação Portuguesa, mais precisamente em Outubro, surgiu em Lisboa o francês Armand Zipfel , com intenção de ensaiar voos no nosso país. 


No dia 27 de Outubro de 1909, Zipfel compareceu no hipódromo de Belém, a nossa primeira pista oficial de aviação, e com um Voisin Antoinette tentou descolar, mas teve de se contentar com um salto de 200 m, a 8 m de altura.

A 14 de Novembro de 1909, perto de Lisboa, Artur de Morais, Raul Caldeira, Alberto Cortez, Gabriel Cisneiros e Ezequiel Garcia, fizeram os primeiros voos em planador no país. 

Seria o dia 27 de Abril de 1910 aquele em que pela primeira vez se voou num avião em Portugal, por intermédio de Julien Mamet, pilotando um Biénios XI. Descolou do hipódromo de Belém, descreveu um largo círculo a 50 m de altura, sobrevoou a Casa Pia, bordejou o Tejo e regressou novamente ao Hipódromo. Estava consumada a façanha.

Os portugueses sentiram-se estimulados pelo feito, e em 1912, depois da aprendizagem em França, Alberto Sanches de Castro, membro do Aeroclube, era o primeiro português a voar em território nacional, a 27 de Setembro de 1912, no Mouchão da Póvoa de Santa Iria, perto de Lisboa, a bordo de um Voisin Antoinette de 40cv.


Uma palavra ainda para D. Luís de Noronha, sócio do Aeroclube e um dos grandes incentivadores da aviação nacional civil e militar, ideando a constituição de escolas de aeronáutica e que foi o primeiro Português formalmente brevetado.

A Aviação Militar foi oficialmente constituída em Portugal no ano de 1914, nos ramos Exército e Marinha com a criação da Escola de Aviação Militar e Aviação Naval, culminando um processo que se vinha desenvolvendo desde 1912, com António José de Almeida.


Nenhum comentário: