sexta-feira, 1 de novembro de 2013

A CASA DE BRAGANÇA

A Casa de Bragança

1º Duque - Foi o 8ª conde de Barcelos, D. Afonso I, filho natural de D. Joâo I e de Inez Perez Esteves. Supõe-se ter nascido em Veiros, no Alentejo em 1377, e morreu em Dezembro de 1461. Casou com D. Beatriz Pereira Alvim, filha do condestável D. Nuno Álvares Pereira, e herdeira da casa mais opulenta do reino.

Na armada de Ceuta foi encarregado dos aprestos nas províncias de Estremadura e Entre-Douro-Minho e capitão da capitania real. Do regresso de Ceuta, e pelos serviços, recebeu novas mercês de seu pai D. João I. Durante o reinado de D. Duarte teve excelentes relações com o sobrinho, mas não o conseguiu demover da trágica expedição a Tânger.

Depois da morte de D. Duarte e durante a regência da sua viúva D. Leonor e D. Pedro irmão do falecido rei, não foram boas as relações entre D. Afonso e D. Pedro, chegando quase ao campo de batalha em Mesão Frio nas Margens do Douro, luta que foi evitada pelo conde de Ourém filho de D. Afonso. Em 1442 este obteve do regente o senhorio e ducado de Bragança.

Era o terceiro ducado de Portugal ( os dois primeiro tinham sido criados por D. João I para seus dois filhos; o de Coimbra para D. Pedro e o de Viseu para D. Henrique) Depois de a batalha de Alfarrobeira (1449), D. Afonso V concedeu ao Duque de Bragança mais importantísssimas mercês, e nove anos depois, quando partiu para África, deixou entregue ao duque o governo do reino na sua ausência.

D. Afonso casara em 1420 em segundas núpcias com D. Constança de Noronha ( 1ª Duquesa de Bragança, sepultada em Guimarães ), filha de Afonso, conde de Gijón e Noronha, filho de Henrique II de Castela. Do primeiro matrimónio teve três filhos; D. Afonso, conde de Ourém e marquês de Valença ( mercê de Afonso V) que faleceu ainda em vida de seu pai em 1460; D. Fernando que sucedeu no ducado de Bragança; e D. Isabel que casou com o seu tio o infante D. João filho de D. João I. Do segundo matrimónio não houve descendência.

2º DUQUE - Foi D. Fernando, filho segundo do 1º duque, nasceu em 1403 e morreu em Vila Viçosa em 1478. Veio a suceder no ducado, por morte do seu irmão mais velho D. Afonso. Ainda criança, o avô cedeu-lhe o condado de Arraiolos. Tomou parte na expedição de Tânger onde foi condestável e foi governador de Ceuta. Acompanhou D. Afonso V em várias expedições ao norte de África, e com tanto galhardia, que o soberano lhe fez a graça de elevar Bragança à categoria de cidade. Foi regente do reino em 1471, quando o rei partiu para a conquista de Arzila. Casou em 1429 com D. Joana de Castro, filha de D. João de Castro tendo a seguinte descendência; D. Fernando 3º duque de Bragança, D. João , D. Álvaro, D. António, D. Isabel, D. Brites, D. Guiomar e D. Catarina

3º DUQUE - Foi D. Fernando II , nasceu em 1430 e foi executado em Évora em 1483 por ordem de D. João II. Teve excelentes relações com D. Afonso V, foi feito fronteiro das províncias de Entre-Douro-e-Minho e de Trás-os-Montes. Recebeu o título de conde de Guimarães que em breve se elevou a ducado. Acompanhou o rei em várias campanhas em África

Quando em 1478 sucedeu a seu pai no ducado de Bragança, tornou-se o maior senhor, não só de Portugal, como de Castela, Navarra e Aragão. Com a subida ao trono de D. João II em 1481, que com os seus desejos de fortalecer o poder real e as providências que tomava contra as excessivas regalias das classe privilegiadas, levaram o Duque de Bragança alcaide de numerosas fortalezas a protestar, declarando-a lesiva da sua dignidade e excessivamente rigorosa, e nesta atitude o acompanharam os irmãos e o duque de Viseu.

Entre as escrituras existentes de doações e privilégios dados ao ducado de Bragança e guardados num certo cofre em Vila Viçosa, o vedor da fazenda diz ter encontrado cartas onde o duque de Bragança receoso da inimizade do novo rei, tentava ganhar aliados em Castela. A partir das cópias mandadas executar por D. João II dessas mesmas cartas, o duque de Bragança foi julgado em Évora, condenado à morte e executado em 20 de Junho de 1483. ( D. Manuel II anulou este processo em 1500 ) .

Deve ser muito difícil de descobrir hoje, se D. João II tinha razão ou se tudo não passou de pura suspeita, que aproveitou para se desfazer do duque e da casa de Bragança, pois na sentença confiscou-lhe todos os bens que passaram para a coroa. Realmente, D. João II parece ter-se excedido nos cenários do julgamento, mandando até decorar a sala onde se procedeu ao julgamento no paço onde o rei se instalara, com panos onde figuravam cenas da história de Trajano, com exemplos de "severidade e justiça" desse imperador de Roma. O duque casara duas vezes; a primeira em 1447, tendo apenas 17 anos de idade, com D. Leonor de Meneses filha de D.Pedro de Meneses; a segunda (1472) com D. Isabel, filha do inafnte D. Fernando. Do primeiro matrimónio não houve filhos; do segundo, os seguintes; D.Filipe que morreu ainda criança, D. Jaime que foi 4º duque de Bragança; D. Deniz e D. Margarida

4º DUQUE - Foi D. Jaime filho do 3º duque D. Fernando II, nasceu em 1479 e morreu em 1532. Contava apenas 4 anos quando o seu pai foi degolado em Évora. Refugiando-se em Espanha, aí foi educado. No reinado de D. Manuel I, em 1497, regressou ao país, bem como seus irmãos.
Em Castela, encontrara a maior protecção, especialmente da rainha D. Isabel, que lhe dera para aio Lopo de Sousa, fidalgo que descendia de D. Afonso III.

D. Manuel nomeou-o fronteiro de todas as as terras da Casa de Bragança, permitindo-lhe que tomasse das mercês concedidas aos seus antepassados, e em 1500 declarou nulos os efeitos do processo do duque D. Fernando.

Quando D. Manuel I casado com Isabel de Castela , e herdeira do trono de Castela-Leão-Aragão, por morte do principe castelhano D João, filho e sucessor dos reis católicos, viajou a Toledo, ( Março de 1498) os povos suplicaram que D. Jaime fôsse declarado herdeiro presuntivo da Coroa de Portugal e Duque de Bragança, por ser o parente mais próximo do monarca; e assim se fez. D. Jaime casou em 1502 com D. Leonor de Mendonça, filha do 3º duque de Medina Sidónia. Mas já depois de acertado o contrato nupcial, o jovem duque é acometido de «fortes ataques de melancolia» e resolve abraçar a vida religiosa. D. Jaime sai do país em direcção a Roma, a fim de solicitar ao Papa a anulação do seu matrimónio, para depois poder ingressar no convento do Santo Sepulcro, em Jerusalém. Deixa uma carta que só deveria ser entregue ao Rei quando o duque já estivesse longe.

Contudo, o frade que recebe a missiva, temendo uma possível represália real, resolve levá-la ao monarca dois dias depois. D. Manuel fica furioso. Envia fidalgos da sua confiança no encalço do fugitivo para lhe ordenarem que volte imediatamente. Chamado à presença do Rei em Évora, é aconselhado a consumar o matrimónio e «que dispusesse a sua casa para viver com sua esposa e passar assim o tempo mais divertido com os carinhos dela e a afeição dos filhos».

Sem grandes alternativas, D. Jaime, que não gostava de viver no castelo de Vila Viçosa, manda edificar fora das muralhas da vila, no sítio da Horta do Reguengo, um novo paço. Na expedição a Azamor, África, D. Manuel concedeu-lh a capitania-mor do exército e da armada. Em 1502, D. Leonor de Gusmão vem para Lisboa, seguindo depois para Vila Viçosa, onde habitará o castelo com D. Isabel, sua sogra, até o matrimónio poder ser efectivado. Apesar de não se saber ao certo a data dos verdadeiros esponsais de D. Jaime com D. Leonor, pensa-se que os mesmos terão ocorrido por volta de 1503. Mas se esta ligação teve um início tão atribulado, o desfecho foi verdadeiramente trágico.

Em 1512 as intrigas ferviam no paço. Para muitos era óbvio que a jovem duquesa, de 23 anos, tinha uma inclinação muito especial por António Alcoforado, de 16 anos, pajem de seu filho Teodósio. Afastado do paço o pajem, a ligação não termina. Torna-se antes mais desejada e arrojada. Trocam-se bilhetes amorosos através de um pequeno escravo. O amor torna-se mais imperioso e, durante a noite, António Alcoforado terá entrado uma ou duas vezes pela janela no quarto da duquesa.

Na madrugada 1 de Novembro de 1512 os amantes são descobertos e mortos de imediato. Para alguns, a duquesa foi vítima de suspeitas infundadas criadas pela intriga palaciana. Mas a partir do momento em que o duque a manda matar, a história tem obrigatoriamente de ganhar foros de verdade. É que a lei só nos casos de adultério comprovado permitia a morte dos adúlteros.

O Duque casou 2º vez com D. Joana de Mendonça. Do primeiro matrimónio teve dois filhos; D. Teodósio que foi 5º duque, e D. Isabel que casou com o infante D. Duarte filho de D. Manuel. Do segundo matrimónio teve 9 filhos, dos quais se salientaram D. Constantino de Bragança, que foi 7º vice-rei da Índia, D.Fulgêncio prior de Guimarães , e D. Teotónio, arcebispo de Évora. D. Jaime introduziu na sua casa todos os empregos e funções que existiam, na casa real. Obteve do papa Leão X uma bula (1517) permitindo erigir 15 igrejas em comendas, para gratificar os fidalgos da sua comitiva. Além disso, nomeou grande número de cónegos e curas nas suas terras, com gozo de privilégios superiores aos de todas as outras casas principescas da Europa. Começou a construcção do actual palácio e tapada de Vila Viçosa. Mandou também construir um rico mausoléu para os restos mortais do condestável D. Nuno Álvares Pereira .



5º DUQUE - Foi D. Teodósio I, filho do primeiro matrimónio de D. Jaime; morreu em 1563. Teve por mestre Diego Sigeo e sucedeu a seu pai em 1532. Em 1542 casou com D. Isabel, sua prima, filha de D. Deniz de Portugal. Enviuvou em em 1558 e casou em segundas núpcias D Beatriz de Lencastre. Era amador de pintura e escultura, e escreveu o livro Os livros de muitas coisas. Teve um único filho do primeiro matrimónio, D. João que lhe sucedeu no título. Do segundo teve D. Jaime, morto em Alcácer-Quibir, e D. Isabel, que casou com o duque de Caminha.

6º DUQUE - D. João I, nasceu em 1543, morreu em Vila Viçosa em 1583. Em 1563 casou com D. Catarina, sua prima, filha do infante D. Duarte e de D. Isabel, irmã de seu pai. Quando D. Sebastião realizou a primeira ida a África quis que o duque o acompanhasse, ficando o governo do ducado a D. Catarina (1574), no que se dava à casa de Bragança a importância de um reino. O duque foi a essa expedição, levando 600 cavaleiros e 2.000 infantes das suas terras; preparava-se também para ir com o rei à segunda e desastrosa expedição de 1578 quando febres violentas o obrigaram a ficar.

Enviou por isso, para acompanhar o rei, seu filho D.Teodósio duque de Barcelos ( título que D. Sebastião concedera em 1563 ao primogénito da casa de Bragança), o qual contava só 10 anos de idade.

Durante o curto reinado do cardeal-rei D. Henrique entrou o duque de Bragança, juntamente com a duques, na pretensão da coroa, e nas cortes reunidas em Lisboa, jurou só obedecer ao rei que os Estados reconhecessem. Filipe II de Espanha, querendo afastá-lo da pretensão ao trono, mandou oferecer-lhe a realeza do Brasil, o cargo de grão-mestre da Ordem de Cristo, a licença de mandar todos os anos uma nau à Índia por sua conta, prometendo-lhe ainda o casamento de seu filho D. Diogo com uma das suas filhas. mas o duque de Bragança, influenciado por sua mulher D. Catarina (herdeira do trono) rejeitou as propostas (1579).

Morto o cardeal-rei, o duque acompanhou os governadores do reino a Lisboa e Setúbal, diligienciando para que fossem reconhecidos os direitos de sua mulher à coroa portuguesa, mas finalmente desistiu e aceitou as mercês do rei castelhano.

Camilo Castelo Branco, escreveu : "Os sucessores do duque D. Fernando, degolado em tempo de D. João II,.nunca puderam obter de D. Manuel, de D. João III, da rainha regente, de D. Sebastião e do cardeal, parte dos privilégios que o filho de D. Afonso V lhes jarretara. A absoluta independência da coroa, e o absoluto domínio em Vila Viçosa, nunca puderam os duques extorqui-lo à condescendência dos soberanos; obteve-o, porém, o avô de D. João IV, em Fevereiro de 1581 de Filipe II de Castela".

Por alvará dado em Elvas em Novembro de 1581 o duque foi autorizado a criar magistrados seus, instaurar tribunais sem apelação nem agravo das sentenças dos seus juízes, e defender o ingresso de viandantes em seus domínios. Em 1584, sendo já duque D. Teodósio, Filipe II estendeu ainda mais os poderes judicias dos duques, e mais tarde em 1587, foi-lhe permitido não cumprir as cartas dos corregedores da corte, avocar a sim as causas das suas terras e sentenciar como lhe parecesse.

Depois da entrada de Filipe II em Portugal, o duque D. João serviu de condestável nas cortes de Tomar, onde o monarca espanhol, por suas próprias mãos, lhe deu o colar do Tosão de Ouro. Quando retirou do país, o mesmo soberano ainda lhe concedeu; para o herdeiro, o cargo de condestável do reino em três vidas; para o segundo filho o marquesado de uma cidade de Castela; para o terceiro filho, uma comenda de Castela e muitas outras mercês em dinheiro e concessões. Confirmou-lhe o tratamento de Excelência e a isenção dos direitos de chancelaria.

7º DUQUE - Foi D. Tedósio II, que nasceu em Vila Viçosa em 1568 e morreu em 1630. Foi educado por Fernão Soares Homem e António de Castro. Contando apenas 10 anos de idade, e em virtude de ter adoecido o seu pai, acompanhou D. Sebastião à desastrosa expedição a Marrocos em 1578. Seguiu o rei, a cavalo, nos primeiros recontros; mas, como o perigo aumentasse, ordenou-lhe o monarca que se recolhesse ao seu coche.

Contrariado com esta decisão, suplicou o rei, mas não foi atendido. Teve de obedecer; porém, no auge da batalha de Alcácer-Quibir, montou a cavalo e, seguido pelos seus, uniu-se a D. António, prior do Crato, tomando parte na peleja onde foi ferido na cabeça e ficou prisioneiro, assim como grande número dos seus servidores.

O duque D. João, seu pai, mandou Jorge de Lemos tratar do resgate, e Filipe II de Espanha escreveu ao rei de Marrocos, que afinal, deu a liberdade à criança sem nada aceitar. O duque pagou então o resgate de todos os servidores, com quantias e presentes de importância. D. Teodósio saiu do cativeiro em Agosto de 1579; porém os espanhóis, que desejavam conservá-lo longe do reino, com falsos pretextos lhe fizeram demorar a viagem - Foi ao chegar a Gibraltar que recebeu a notícia da morte do cardeal-rei. Indo depois a S. Lucor visitar o duque de Medina Sidónia, foi recebido com pomposas festas, que eram mais um maneira de o reter fora de Portugal.

Os de Bragança compreendendo a razão destas demoras, queixaram-se, e o monarca castelhano ordenou que deixassem partir D. Teodósio. Quando chegou a Portugal, Filipe II acolheu-o com todas as honras e distinções. Em 1589, sendo já duque de Bragança, defendeu Lisboa contra a expedição de D. António e de Drake e fortificou os pontos da costa que estavam situados nas suas terras para resistir à armada inglesa. Em 1602 foi permitido aos duques de Bragança formar chancelaria e levar direitos dela sobre cartas de seguro em caso de mortes negativas, ou confessativas de morte, de resistência a oficiais de de justiça, etc..

D. Teodósio casou em 1603 com D. Ana de Velasco, filha de João Fernandes de Velasco, condestável de Castela, 1º Duque de Frias, conde de Haro, marquês de Berlengo, dos concelhos de Estado, Guerra e Marinha, governador de Milão e presidente de conselho de Itália. Deste consórcio nasceu D. João, que foi 8º duque de Bragança e o 21º rei de Portugal., com o nome de D. João IV; o infante D. Duarte que esteve preso na cidade de Milão; D. Catarina, que morreu em tenra idade , e D. Alexandre também falecido ainda muito novo em 1637.

8º DUQUE - Foi D. João II de Bragança, depois rei de Portugal como D. João IV. 9º DUQUE - Foi D. Teodósio , 4º duque de Barcelos, filho primogénito de D. João IV, herdeiro da coroa e príncipe do Brasil, nasceu em 1634 e morreu em 1653. Seu pai doou-lho o título em 1645, determinando, ao mesmo tempo, que todos os príncipes herdeiros fossem duques de Bragança.´ 10º, 11º, 12º e 13º DUQUES - Foram respectivamente D. Afonso VI, D. João V, D. José I e D. Maria I reis e raínha de Portugal. 14º DUQUE - Foi D. José Francisco Xavier de Paula Domingos António Agostinho Anastásio de Bragança, príncipe da Beira, filho primogénito de D. Maria I e de D. Pedro III, nasceu em 1761. Casou em 1777 com sua tia materna, a infanta D. Maria Francisca Benedita, morreu sem filhos, pelo que passou a ser príncipe herdeiro seu irmão D. João, depois D.João VI.

15º e 16º DUQUES - Foram D. João VI e D. Pedro IV, que também foram reis de Portugal. 17º DUQUE - Foi D. Miguel I, depois de sair de Portugal, pois é assim tratado por vários genealogistas, embora simultâneamente o título fosse usado por seu irmão D. Pedro IV. 18º, 19º e 20º DUQUES - Foram D. Maria II, D. Pedro V e D. Carlos I reis de Portugal. 21º DUQUE - Foi D. Luiz Filipe de Bragança de Saxe Coburgo Gotha , príncipe real, herdeiro da coroa, nasceu em 1887 e morreu em 1908.

22º DUQUE - Foi D. Miguel II de Bragança,( Nasceu 1853 e morreu em 1927) filho de D. Miguel I e D. Adelaide de Lowenstein - Wertheim-Rosengerg de Bragança. Era único filho varão o seu nome completo era Miguel Maria Carlos Egídio Constantino Gabriel Rafael Gonzaga Francisco de Paula e de Assis Januário. Nasceu no castelo de Kleinheubach na Baviera em 19 de Setembro de 1853 e morreu em Seebenstein, na Austria em 11 de Outubro de 1927. Foi baptizado pelo bispo de Guarda. Frequentou o colégio de S.Clemente em Metz, onde foi condiscípulo do futuro marechal Foch. Frequentou a Universidade de Innsbruck, no Tirol.

Nomeado pelo imperador da Áustria Francisco José foi alferes do 14ª regimento de dragões e tomou parte na campanha de ocupação da Bósnia.

Casou com a princesa Isabel de Thurn Taxis, e teve três filhos. Por documento de Março de 1981, o imperador Francisco José, concedeu-lhe o privilégio de extra-territoarialidade, tornado extensivo a seus filhos menores, solteiros, que com ele residissem, pelo que D. Miguel foi considerado sempre português. Voltou a casar com a princesa Maria Teresa de Lowenstein - Wertheim-Rosenberg, de quem teve mais oito filhos, entre os quais D. Duarte Nuno, único varão. Sobreveio a Guerra de 1914, e quando Portugal entrou nela, que ascendera ao posto de tenente-feld-marechal, pediu a demissão do serviço activo do exército austríaco, limitando-se a servir na Cruz de Malta.

Depois da revolução que derrubou o Império Austríaco em 1918, D. Miguel e a sua família passaram muitas privações e tomou a resolução de abdicar para seu filho D. Duarte Nuno (1920).

23º DUQUE - Foi D. Duarte Nuno Fernando Maria Miguel Gabriel Rafael Francisco Xavier Raimundo António, duque de Bragança, de Guimarães e de Barcelos etc..Filho varão de D. Miguel II de Portugal e D. Maria Teresa, filha do príncipe Carlos de Lowenstein, representante duma das mais nobres casas principescas da Baviera. Nasceu no Castelo de Seebenstein em 23 de Setembro de 1907, e foi baptizado com água lustral da Igreja de Nossa Senhora de Guimarães, levada expressamente para esse fim. Frequentou o colégio de Beneditinos de Éttal e a Abadia de Clairvaux.


Terminada a Grande Guerra de 1914-1918, entendeu D. Miguel dever abdicar os direitos ao trono português que tinha herdado do seu pai o rei D.Miguel I, e depois de várias negociações políticas e do seu filho primogénito, o príncipe D. Miguel, duque de Viseu, ter renunciado espontaneamente aos direitos que porventura lhe viriam a caber, transmitiu-os a seu filho D. Duarte em 31 de Julho de 1920.

Completou a sua educação no liceu de Ratisbona, e na Faculdade de Agronomia de Toulouse, onde concluiu o curso de engenheiro agrónomo. Em 1929 empreendeu uma viagem clandestina a Portugal que percorreu de centro a norte, estando em Vila Viçosa, onde percorreu o palácio de seu maiores, e saiu de Portugal por Vilar Formoso em Novembro do mesmo ano.

A 2 de Junho de 1932, falecia o destronado rei D. Manuel II, em Inglaterra, sem deixar descendência. Se D. Duarte era já reconhecido como rei pelos partidários de seu avô D. Miguel e pelo Integralismo Lusitano, passou desde então a ser o único pretendente reconhecido por todos os outros monárquicos portugueses.Efectivamente, segundo as leis tradicionais da monarquia portuguesa, D. Duarte, pelo seu parentesco com D. Manuel II, e como único príncipe português que lhe sobrevivia, aliava aos direitos que recebera do pai, a sucessão dinástica do último soberano da Casa de Bragança.

E assim em 19 de Outubro de de 1932, em documento firmado pelo lugar-tenente de D. Manuel II o conselheiro João de Azevedo Coutinho, em nome dos diversos organismos dos vários movimentos da causa monárquica, declaravam: " Rei legítimo de Portugal Sua Alteza o Senhor Dom Duarte de Bragança"

Em 1935, partiu para Londres, em visita aos soberanos de Inglaterra, Dali dirigiu-se a Paris, onde visitou a rainha D. Amélia, e seguiu para Roma. Foi recebido por Sua Santidade o papa Pio XI e pelos reis de Itália. Voltou a Londres em 1936 para tomar parte nos funerais do rei Jorge V. Ao deflagrar a II Guerra Mundial (1939), transferiu residência para a Suiça.

Em 1942 visitou o Brasil, passando por Lisboa, e chegou ao Rio de Janeiro a 2 de Junho. Aí casou com a princesa Maria Francisca de Orleans e Bragança, filha do príncipe D. Pedro, neto do imperador D. Pedro II. Realizou-se a cerimónia nupcial na catedral de Pétropolis a 15 de Outubro de 1942, com a assistência da esposa do Presidente da República Brasileira, Dr. Getúlio Vargas, de todo o Corpo Diplomático acreditado no Rio, prelados, ministros de Estado e outras entidades oficiais.

Do seu casamento teve três filhos: o príncipe da Beira, D. Pio Duarte João, nasceu em Berna em 1945; o infante D. Miguel, nasceu também em Berna em 1946, e o infante D. Henrique, que igualmente nasceu na Suiça em 1949. A 27 de Maio de 1950 a Assembleia Nacional, revogava por unanimidade a carta de lei de 1834 e o decreto de Outubro de 1910. Em 1951 os duques de Bragança sofreram um grave acidente de automóvel em Thionville, ficaram gravemente feridos, receando-se pela sua vida.

24º DUQUE - É D. Duarte Pio João Miguel Henrique Pedro Gabriel Miguel, filho primogénito de D. Duarte Nuno , duque de Bragança e de sua mulher, a princesa D. Maria Francisca de Orleães e Bragança. Nasceu na legação de Portugal em Berna, Suiça, em 15 de Maio de 1945. Viveu com os seus pais numa "villa" em Gunten, à beira do Lago de Thun, e veio para Portugal em Maio de 1955. Seguiu o curso secundário no Porto, e, depois num Colégio interno em Santo Tirso. Em 1958 foi recibido pelo papa Pio XII, seu padrinho de Baptismo. Foi aluno no Instituto Nuno Álvares de 1957 a 1960.

Foi aluno do Colégio Militar. Cursou no Instituto de Superior de Agronomia e estudou Sociologia no Instituto de Estudos Africanos, em Genebra, Suiça. Mobilizado para Angola, esteve na Base Aérea do Negage, como tenente miliciano, piloto aviador, entre 1968 e 1971. Exerceu o cargo de presidente do Grupo Internacional de Reinstalação dos Refugiados do Ex-Ultramar Português.

A duquesa de Bragança é D. Isabel Inês de Castro Curvello Herédia de 28 anos, e descende de Afonso de Herédia o Cavaleiro, família de Espanha de que passou a Portugal, no século XV. Casou com D. Duarte em 13 de Maio de 1996. Tem três filhos, D. Afonso de Santa Maria, D. Maria Francisca e D. Dinis.


59 comentários:

Nuno Ramos disse...

Como é que o Sr. Miguel II de Bragança pode ser Duque de Bragança ao mesmo tempo do Senhor Dom Carlos I e do Príncipe Real Dom Luís Filipe!??!??

Fernando Chrystêllo disse...

Só poderei dizer, que no tempo de António de Oliveira Salazar, nunca alguém se identificou com a Monarquia, como o fez o Pai de Duarte Nuno. Questiono, porque é que só agora depois de 25 de Abril de 1974, aparecem figurantes alegando serem sucessores deste ou daquele Rei?
Reconheço pessoalmente que D. Duarte Nuno Pio de Bragança, foi o único que seguiu o caminho do Pai. Temos que respeitar o direito a quem sempre se identificou com a Monarquia.

Nuno Ramos disse...

Peço desculpa Sr. Fernando Chrystêllo, mas isso não responde de todo à minha pergunta, que era: "Como é que o Sr. Miguel II de Bragança pode ser Duque de Bragança ao mesmo tempo do Senhor Dom Carlos I e do Príncipe Real Dom Luís Filipe!??".
Já para não dizer que, o Sr. Miguel II era filho do GRANDE Rei Dom Miguel I, que fora deposto em 1834, tendo Capitulado em, Évoramonte. Logo, não podia sequer ser Duque, nem ele, nem a sua descendência. Logo, como é que aparece aqui nesta lista de Duques? Isto parece-me uma piada, mas de muito mau gosto.

Cordialmente,
Nuno Filipe.

Nuno Ramos disse...

Outra mentira descarada é a do Sr. Dom Miguel I de Portugal, ter sido Duque de Bragança. É completamente falso. O Infante Dom Miguel I, foi Duque de Beja, Senhor do Infantado e depois Rei de Portugal, legítimo. Infelizmente, foi deposto pela força das armas Maçónicas. Mas, a verdade é esta. Nunca foi Duque de Bragança. Teria sim, como Rei, passado esse título ao Seu primogénito, mas não o fez porque foi deposto.

Cordialmente,
Nuno Filipe.

Novela Babilônia disse...

A República é uma instituição com valores. Essa deve ser para rir.
Viva à Monarquia Portuguesa e à Família Real Portuguesa!

Pedro Cruz disse...

Esta gente está toda louca. Cortes de Lamego? El Rei D. João V casado com a filha do Rei de Fez? Os Duques de Lafões nunca pertencerão à casa de Bragança por linha directa. Quer queiram ou não D. Duarte Pio é por sangue e por hereditariedade de D. Afonso I Primeiro REI DE PORTUGAL. Viva Portugal por El Rei D. Duarte.

Pedro Cruz disse...

Para quem quiser ler

As Cortes de Lamego 1143 e as As Cortes de Lamego 1641

"Estas são as leis da herança do nosso Reino...: boas são, justas são, queremos que valham por nós, e por nossos descendentes, que depois vierem"

Como escreveu Luís Reis Torgal, "as actas das cortes de Lamego é um documento claramente forjado com uma evidente intenção nacionalista. Nele aparece concretizada a “eleição” do rei, D. Afonso Henriques, pelos representantes do clero, da nobreza e do povo, e, mais importante ainda, aparece formalizada uma lei de direito sucessório, inexistente nas nossas Ordenações. Nessa lei salientavam-se os seguintes pontos: as mulheres tinham o direito de sucessão e não poderiam casar com estrangeiros ou, no caso de virem a fazê-lo, nunca o seu marido poderia reinar em Portugal, porque era tido como princípio sagrado que o, pais nunca fosse governado por “estranhos”.

Segundo este documento, as referidas cortes ter-se-iam, dado em Lamego, supõe-se que em 1143. Nelas teriam estado presentes procuradores do povo, o que (entre outros motivos) vem comprovar o carácter apócrifo do documento, dado que nem nas cortes de Coimbra de 1211 estiveram representantes dos municípios. Após a “eleição” de D. Afonso Henrique, feita pelos elementos representativos dos três estados, há a preocupação de imediatamente se fazerem “leis da herança e sucessão do Reino”. Nos princípios considerados para essas leis parece notar-se a influência das Alegações de 1580. Transcrevemos da versão portuguesa que Frei António Brandão faz das “actas” a parte mais elucidativa: “Viva o senhor Rei Dom Afonso (...) Estas são as leis da herança do nosso Reino, e leu-as Alberto Cancelário do senhor Rei a todos, e disseram: boas são, justas são, queremos que valham por nós, e por nossos descentes, que depois vierem".

Desta forma apresentava-se “um documento” que era, por assim dizer, a prova textual de que, por um lado, D. Catarina poderia ter sido legitimamente rainha de Portugal e Filipe II não teria qualquer legitimidade para sê-lo. Como se disse, era evidente que o documento era apócrifo e Frei António Brandão, o mais íntegro historiador da Monarquia Lusitana, bem o sabia, como parece poder depreender-se das suas palavras. Mas, de qualquer forma, era de grande utilidade nacional e, por isso, durante a Restaurarão, nem sequer se hesitou em relação à sua validade. Ele foi utilizado como lei fundamental do reino para provar a legitimidade de D. João IV e o facto é que não ficou por aqui a sua legitimação - até à vitória do liberalismo em 1820 as “actas das cortes de Lamego” foram tidas como lei de sucessão e em 1828 foram de novo invocadas para provar a legitimidade de D. Miguel.

Pedro Cruz disse...
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Eu para Portugal, é preciso manter a Democracia, sem partidos ....?????

Sou Rei na Monarquia de Portugal, por ter registos, por ter ADN e por falar verdade.??????

Este é o meu ultimo Comentário

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